Cohapar leva a estudantes de União da Vitória conceitos de Ecologia Humana

Mais de 250 alunos, professores e funcionários dos cursos de Arquitetura e de Engenharia da Universidade de União da Vitória participaram na quarta-feira (24) do ciclo de palestras sobre Ecologia Humana, realizadas pelo presidente da Cohapar, Rafael Greca
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25/03/2010 - 15:40
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Mais de 250 alunos, professores e funcionários dos cursos de Arquitetura e de Engenharia da Uniuv (Universidade de União da Vitória) participaram nesta quarta-feira (24) do ciclo de palestras sobre Ecologia Humana, realizadas pelo presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Rafael Greca, nas escolas de ensino médio e universidades do Paraná.
Para o presidente da Cohapar, ecologia humana é um conceito essencial para que não se desenvolva uma arte de engenharia e arquitetura apenas voltada para o consumo, mas, sim, uma arte que seja capaz de melhorar a vida das pessoas mais pobres. Para ele, “não é justo permitir que os rios continuem sendo poluídos e contaminados porque as pessoas estão sendo empurradas cada vez mais longe da cidade. Precisamos tanto das águas dos rios quanto as pessoas têm o direito de morar com qualidade de vida”, justificou.
“As cidades precisam crescer de forma digna, solidária, civilizada e democrática, cuidando do homem e do meio ambiente ao mesmo tempo. Todas as áreas profissionais devem estar enquadradas nas ações e intervenções de uma cidade. Isso faz com que todos tenhamos responsabilidade na criação dos espaços de convivência, traduzidas no bem estar e segurança do homem em equilíbrio com o meio ambiente”, explicou
Para o reitor da Uniuvi, Jairo Vicente Clivati, a palestra foi mais uma grande oportunidade de conhecimento para todos. “Nossos acadêmicos puderam, mais uma vez, partilhar da sensibilidade e da experiência do presidente da Cohapar. Ele nos deixa a mensagem do sentimento e responsabilidade que cada um precisa desenvolver em relação ao seu próximo”.
A coordenadora do curso de Arquitetura, Eliziane Capeleti, destacou que Greca não trouxe apenas uma mensagem técnica. “Sua experiência de vida, manifestada com seu conhecimento e cultura, faz com que todos reflitam. Ele quebra paradigmas ao mostrar que a verdadeira arquitetura não se fundamenta na ilusão da beleza estética, mas vai além, numa mensagem de harmonia entre a qualidade de vida das pessoas e a preocupação necessária com o meio ambiente. Isso faz com que nossos jovens adquiram uma visão mais humana do seu papel na sociedade”.
Greca informou que, em União da Vitória, a Cohapar está retirando das margens do rio Iguaçu, em uma área de risco de enchentes, 43 famílias de catadores de papel, que vivem em barracos. “Vamos levá-los a uma área seca e segura, com casas bonitas, em alvenaria, com toda infraestrutura e redes de água, esgoto e energia”, informa. “Nossos projetos preveem formas de recuperação, proteção e preservação ambiental, ao mesmo tempo em que criam condições de moradia digna aos mais necessitadas. Os projetos do PAC que estão em execução na Região Metropolitana de Curitiba, estão retirando milhares de famílias das áreas de risco e criando parques nessas ocupações às margens de rios e mananciais”, afirmou.
O fundamental, segundo ele, numa intervenção para a urbanização de áreas como favelas, é que se busque o princípio essencial da civilização, contida nos preceitos de que o mais belo é o mais justo. “O humanismo ensina que só é muito bonito e bom aquilo que é justo”.

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