Cohapar leva a Maringá conceito de moradias com ecologia humana

“Nossos projetos contemplam as casas como forma de promover a inclusão social e com a preocupação voltada à preservação dos rios e mananciais, responsáveis pelo nosso abastecimento de água”, explicou o presidente da Cohapar, Rafael Greca
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19/03/2010 - 17:00
Editoria
A ecologia humana como resultado da engenharia ambiental foi o tema apresentado nesta sexta-feira (19) pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, para cerca de 200 alunos, professores e funcionários do ensino médio, do Colégio Estadual Dr.Gastão Vidigal, em Maringá.
Greca aproveitou a ida à cidade, onde assinou, junto com o vice-governador Orlando Pessuti, contratos de doação de terrenos com 22 prefeituras - visando a implantação do programa Minha Casa Minha Vida - para mostrar o trabalho da Companhia, voltado aos projetos de recuperação e salvação de mananciais que estão resgatando a cidadania de milhares de famílias que vivem em áreas de risco.
Ele explicou aos estudantes a importância de planejar a cidade em equilíbrio com o meio ambiente. “Nossos projetos habitacionais são elaborados a partir do conceito da Ecologia Humana, contemplando não apenas as casas, como forma de promover a inclusão social, mas também, com a preocupação voltada à preservação dos rios e mananciais, que são responsáveis pelo nosso abastecimento de água.”
“Não se pode deixar que a cidade se forme pelo acaso, como ocorre com as ocupações irregulares, onde as pessoas vão se amontoando e criando espaços de sobrevivência. Todo espaço mal ocupado, acaba sendo ocupado pelo mal”, afirmou. .
Ainda segundo o presidente da Cohapar, essa situação causa enormes prejuízos ambientais e sociais. “Todos somos atingidos quando não asseguramos a cidadania e não praticamos a justiça social. Os rios e mananciais que nos abastecem ficam poluídos e os mais pobres ficam expostos ao risco das catástrofes ambientais, como as enchentes. Por isso, o Governo do Paraná, por meio da Cohapar, vem atuando com firmeza nessas áreas”, destacou.
PLANEJAMENTO URBANO – “As cidades têm que ser planejadas de modo a oferecer a toda população uma qualidade de vida sempre melhor, com serviços públicos de saúde, educação, habitação, segurança. Urbanismo adequado, com ruas em ângulos retos que facilitem a locomoção de carros e pessoas, transporte, paisagismo, sistemas de drenagem que evitem enchentes, redes de água, luz e esgoto. É assim que estamos construindo bairros novos em todo o Estado”, detalhou Greca.
Ele lembrou exemplificou ainda, que quando foi prefeito em Curitiba, adotou um conjunto de medidas com a visão de engenharia ambiental versus ecologia humana que foram responsáveis pela conquista do Prêmio Habitat da ONU, em 1996. “Criamos as Ruas de Cidadania, os Faróis do Saber, organizamos os catadores de papel, os ônibus com suas canaletas, em locais de adensamento dos prédios e a criação de parques para preservar os rios e drenar as águas para evitar enchentes. Isso é engenharia ambiental”, disse
“Hoje estamos frente a Cohapar, trabalhando para resolver um dos problemas que mais afetam as cidades. Estamos transformando as favelas em bairros novos, retirando as famílias de áreas de risco que vivem às margens de rios, fundos de vale e grotões e regularizando as áreas invadidas para que essas pessoas tenham o domínio das suas propriedades”, finalizou o presidente da Cohapar, ao concluir que “a cidade tem que ser um espaço para as pessoas serem felizes. E é a partir da escola, do conhecimento praticado nela, que saem as soluções de um mundo melhor”.
Para a professora Leonor Martinez, da equipe pedagógica do Núcleo de Educação de Maringá, a palestra “foi uma grande oportunidade em que todos puderam desfrutar de informações e conhecimento que contribuirão para elevar o nível de compreensão capaz de produzir a transformação humana. Foi um aprendizado não apenas para os alunos, mas para todo a comunidade escolar que aqui estiveram. As informações trazidas com a realidade apresentada servirá para o aperfeiçoamento da aplicação das informações no dia a dia dos estudantes e também dos professores”.