Cohapar lança programa de Inclusão Digital no telecentro da Vila Zumbi

O curso será voltado a pessoas que nunca tiveram contato com informática e tem como objetivo proporcionar novas oportunidades para a comunidade do bairro
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19/03/2009 - 16:00
Editoria
Os moradores da Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, já podem participar do programa de inclusão digital voltado aos alunos do programa de Educação de Jovens e Adultos (Eja), no telecentro ‘Paranavegar’. O curso será voltado a pessoas que nunca tiveram contato com informática e tem como objetivo proporcionar novas oportunidades para a comunidade do bairro. O programa da Secretaria da Educação foi implantado na Vila Zumbi por intermédio da parceria entre a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e Secretaria de Assuntos Estratégicos - Celepar Para o diretor administrativo e financeiro da Cohapar, Juarez Rossetin, esse projeto de inclusão digital vem complementar o trabalho de resgate social desenvolvido pelo Governo do Estado desde 2004 no local. “Hoje, o que vemos aqui é a oportunidade de acesso à tecnologia da informação que, além do conhecimento, permite o acesso ao mercado de trabalho”, ressaltou o diretor da Cohapar. Rossetin representou o presidente da Cohapar, Rafael Greca, no lançamento do programa. Para o secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, o programa de resgate social que o Governo do Paraná realiza na Vila Zumbi é emblemático e serve de exemplo para o País. “O que o Governo do Estado está proporcionando às pessoas desse bairro é o exercício pleno dos seus direitos como cidadãos,” analisou Nizan Pereira. “Nunca é tarde para aprender”, declara José Ribas. Aos 73 anos e morador da Vila Zumbi há 18, foi um dos fundadores da Associação de Moradores do local. “A gente nunca pode parar de aprender. Temos que acompanhar o progresso. Essa chance é maravilhosa. Pela primeira vez estou pegando num computador. É fantástico”, revelou. Vindos do interior do Paraná, Ivaiporã e Dois Vizinhos, onde trabalhavam na lavoura, Ronaldo Arantes Moreira e Sidnei Campos de Oliveira, 18 e 38 anos respectivamente, estão cheios de esperança. “Hoje em dia nem emprego a gente consegue se não tiver alguma noção de informática”, diz Ronaldo, que está há três anos morando no Bairro. A costureira Sandra leal Franklin, 33 anos, contou empolgada que o incentivo veio por intermédio da filha mais nova. “Foi minha filha quem me incentivou a vir. Voltei a estudar através do EJA e agora estou animada para aprende lidar com o computador. Nunca pensei que um dia faria isso. Concluir o estudo foi o primeiro passo. Minha filha me mostrou que posso usar o computador para ajudar no meu serviço de costura. Estou encantada”. VILA ZUMBI DOS PALMARES - Desde 2004, a Cohapar coordena, em parceria com vários órgãos estaduais e prefeitura local, o projeto de planejamento urbano da Vila Zumbi. O programa realocou 289 famílias que viviam em áreas de risco, na beira do rio Palmital ou da BR-116, e hoje moram nos sobrados, e regularizou a situação de outras 1,8 mil famílias que ocupavam a área. Todos receberam infraestrutura necessária (água, luz e esgoto) e foram incluídos automaticamente nos programas sociais do governo do Paraná: Luz Fraterna e Tarifa Social da Água. O projeto se complementa com a instalação de equipamentos sociais e atividades que visam a geração de empregos através da formação e capacitação de mão-de-obra que combinam apoio às ONGs, empresas privadas e participação de equipes técnicas da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), modelando e transformando a área em um novo bairro. TELECENTRO - O Inclusão Digital é um projeto elaborado em software livre que, segundo a gerente do programa, Marilaide de Quadros, oferece à comunidade acesso gratuito a e-mails, elaboração de currículos profissionais, procura de vagas por empregos, pesquisas escolares, utilização de serviços de utilidade pública, leituras de jornais e revistas. “As pessoas também podem participar em sites de comunidade virtual e redes sociais”, completou Marilaide. Cada telecentro funciona com um Conselho Gestor que possui representantes de cada entidade parceira da comunidade local. Atualmente o programa de Inclusão digital conta com 138 unidades distribuídas entre as camadas de mais baixo IDH (Índice de Desenvolvimento humano) do Paraná.

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