Os projetos socioambientais apresentados pela Companhia de Habitação do Paraná para inclusão nos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) foram inscritos oficialmente nesta terça-feira (29), em Brasília. Os planos, já aprovados pelo Ministério das Cidades, foram detalhados pelo presidente da Cohapar, Rafael Greca, em reuniões de trabalho nos Ministérios das Cidades, Planejamento e Casa Civil na semana passada e prevêem projetos para todo o Estado. No total, o PAC Habitacional do Paraná quer atender a 34.627 famílias, distribuídas nas nove maiores cidades do Paraná, nos 28 municípios da Grande Curitiba e em mais 139 localidades do interior do Paraná. O projeto levado nesta terça-feira (29) para Brasília pela diretora de Projetos, Rosangela Curra, e pelo diretor Administrativo e Financeiro, João Carlos Baracho, contempla uma nova proposta para a Região Metropolitana de Curitiba, com a inclusçao de mais municípios. Brasília - No encontro no Ministério das Cidades, os diretores da Cohapar entregaram os projetos oficiais. As reuniões de trabalho prosseguem nesta quarta-feira (30), quando será realizada um encontro na Caixa Econômica Federal, com a diretora Márcia Kummer, para apresentação do projeto do Novo Guarituba e um projeto do Convênio Verde, que são novas propostas de habitação ecosustentáveis e sistemas alternativos de construção que a Cohapar pretende implantar em seus empreendimentos. À tarde o encontro será no Ministério da Agricultura, onde os representantes da Cohapar vão se reunir com a chefia de Gabinete do ministro Reinhold Stephanes para a apresentação do projeto de chácaras agro-ecológicas para a Região Metropolitana de Curitiba. Durante uma semana, a equipe técnica da Cohapar realizou ajustes e adequações necessárias nos projetos, em especial naqueles que vão formar o anel habitacional em torno de Curitiba, onde reside 35% da população paranaense. Segundo o presidente da Companhia, Rafael Greca, a formatação do projeto em novos parâmetros tem como objetivo a desocupação dos rios da Grande Curitiba, especialmente do manancial formador do rio Iguaçu. “Com isso, estamos nos preparando para agir não só sobre os efeitos da mega urbanização, mas para atuar sobre suas causas, já organizando o território antes que a ocupação se consolide”, explica Rafael. Serão beneficiadas todas as cidades vizinhas a Curitiba. O total de investimentos solicitado ultrapassa os R$ 500 milhões para serem empregados nas regularizações, infraestrutura das áreas e para a construção de pelo menos 400 novas unidades habitacionais em cada um dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Para as demais cidades do Estado, os projetos da Cohapar contemplam o desenvolvimento de programas habitacionais de moradias populares, para famílias de baixa renda, com até três salários mínimos. Até o dia 4 de junho a Companhia prepara o cadastramento para a inclusão dos municípios nos recursos do PAC. Até o momento já foram cadastrados 139 projetos, com mais de 6,2 mil unidades, que já estão com áreas doadas pelas prefeituras para os empreendimentos. “Nosso plano contempla todo o Paraná com projetos sociais de habitação com preservação ambiental”, completa Rafael Greca. O PAC Habitacional é um programa que têm como linha principal criar ações estruturantes em ocupações próximas aos rios, para preservar as fontes de abastecimento de água e desenvolver uma política habitacional para as populações mais carentes do Estado.