Cohapar incentiva preservação ambiental em Cruz Maltina

Durante o evento de entrega de chaves, todas as famílias receberam mudas de árvores frutíferas, como araçá, pitanga e gabiroba, que deverão formar um bosque, com área de lazer e pista para caminhada
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03/07/2008 - 16:57
Editoria
Com a entrega de 53 novas casas em Cruzmaltina, no Norte do Paraná, na quarta-feira (2), o governo do Estado não só proporciona melhores condições de vida aos mutuários, como também incentiva a preservação e recuperação do meio ambiente. Durante o evento de entrega de chaves, todas as famílias receberam mudas de árvores frutíferas, como araçá, pitanga e gabiroba, que deverão formar um bosque, com área de lazer e pista para caminhada. “A idéia partiu dos próprios mutuários que decidiram que cada família ficará responsável pela sua árvore e cuidará dela. Nas ruas do conjunto, também por decisão da comunidade, será feito um trabalho de paisagismo com o plantio de árvores de sombra”, explicou o prefeito Maurício Bueno de Camargo. O presidente da Cohapar, Rafael Greca, enfatizou que as famílias que passam a viver neste residencial, a partir de agora, terão dias muito mais felizes. “Desejo que vocês possam entrar e sair dessas casas com a certeza do dever cumprido. Que coloquem dentro da casa a força que brota do amor em endereços da felicidade”, disse. Nova vida – A mudança na vida dos mutuários é traduzida na história de vida da família de Alessandra de Paula Passos, 29 anos, e do trabalhador rural Marcos Mariano. O casal, que tem dois filhos (9 e 11 anos) e aguarda a chegada do terceiro, morava de favor em uma sala de aula de uma escola rural desativada, em condições insalubres. “Alessandra simboliza todas as famílias e todas as mulheres que estão deixando de ser donas de casa, para se tornarem, a partir de agora, donas da casa”, destacou Greca. Alessandra contou que o local onde viviam fica em uma vila há quatro quilômetros da cidade e que passaram a viver na escola quando a chácara onde moravam foi vendida. “Tivemos que sair da chácara onde morávamos porque o dono vendeu e o novo proprietário pediu a casa. De um dia para o outro ficamos sem ter onde morar e não conseguimos nenhuma casa para alugar”, disse. “Tudo que mais quero na vida é ter minha casa. Este vai ser o grande dia da minha vida”, falou emocionada. “Meu bebê vai nascer na nova casa e com ele nasce também a nova vida”, desabafou Alessandra. Para os irmãos Lays da Costa Reis, 13 anos, e Luan Eduardo, 9 anos, a mudança para a nova casa foi um momento muito esperado. As crianças são filhas do pedreiro Hércules Ribas Cardoso (40), que trabalha na obra do Residencial Cruz Maltina I, e cuida sozinho dos filhos, desde que a mãe das crianças os deixou. A família vivia em uma casa bastante precária. Hércules paga aluguel de R$ 80,00, de luz R$ 98,00 por ser do tipo trifásica por causa do comércio que tem ao lado, e água em torno de R$ 30,00. “O que sobra, é para pagar as despesas da casa e comida”, explicou. “Mas a luz está cortada. Tem períodos que a gente tem que escolher entre comer e pagar as contas. Nesta, a luz foi ficando de fora”, justificou. Lays reclamou que chove muito dentro da casa por causa dos buracos no telhado, além de não possuir nenhum conforto. É ela quem cuida da casa e do irmão mais novo enquanto o pai trabalha. “Sou pedreiro há mais de dez anos. Construí muitas casas e nunca consegui ter a minha. Nem acredito que finalmente vou dar uma situação melhor para meus filhos. No dia que eu me for, sei que terão um teto para morar. Acho que esse é o sonho de todo pai”, diz Hércules.

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