O presidente da Cohapar, Rafael Greca, determinou nesta quinta-feira (10) prioridade máxima para o início da construção de 200 casas para as comunidades quilombolas de Adrianópolis, no Vale da Ribeira, Região Metropolitana de Curitiba. O investimento do Estado será de R$ 2,5 milhões e a execução da obra terá um prazo de 12 meses.
O tema foi debatido durante reunião de trabalho realizada na sede da Companhia com representantes do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), do ITCG (Instituto de Terras, Cartografia e Geociências), equipe técnica da Cohapar e o presidente do grupo de trabalho Clóvis Moura, Glauco Souza Lobo.
“A intenção deste encontro é detalhar todos os empecilhos e dificuldades que estamos tendo. Com isso, vamos compartilhar as responsabilidades, dificuldades e as tarefas de cada agente envolvido no trabalho e iniciar o mais rápido possível a construção das 200 moradias das comunidades quilombolas deste município, que teve seu contrato assinado pelo governador Roberto Requião, Cohapar e prefeitura, em agosto, na Escola de Governo”, explicou Greca.
As famílias descendentes de escravos – quilombolas – beneficiados com a construção de casas pertencem às comunidades de João Surá, Porto Velho, Sete Barras, São João, Córrego das Moças, Praia do Peixe e Bairro do Roque. No município de Adrianópolis, segundo levantamento em campo da Cohapar e do grupo Clóvis Moura, criado pelo governo para integrar as comunidades ao trabalho do Estado, existem 13 comunidades localizadas em áreas de difícil acesso nas montanhas do Vale da Ribeira.
Glauco Souza Lobo ressaltou a importância do encontro. “A reunião ocorrida hoje é de extrema importância, pois pudemos compartilhar as dificuldades que encontramos em colocar em prática este trabalho. Pouca gente tem idéia do que significa construir casas para os quilombolas, nas suas respectivas comunidades. Percebemos que a dificuldade de acesso é uma coisa nova para todas as companhias habitacionais do Brasil, pois ninguém fez, ninguém teve a coragem que a Cohapar está tendo em fazer esse projeto”, frisou.
“As comunidades estão localizadas nas piores terras do Paraná. São terras quebradas, encostas, fundos de vale, em difícil acesso, e, para a construção das casas, dependemos de uma logística perfeita. Neste aspecto
a Cohapar está se superando colocando à disposição toda sua equipe técnica e colaborando com todas as suas técnicas construtivas”, ressaltou Souza Lobo.
Além do presidente do Clóvis Moura, dois integrantes do Grupo que participaram do levantamento técnico e social das comunidades de Adrianópolis também participaram da reunião: Aguinaldo José de Souza e Eunice Souza Paula. Ambos também atuam na Secretaria Estadual de Educação.
“Executamos, ao lado da equipe da Cohapar, um trabalho integrado com diversas secretarias do Estado para podermos suprir as comunidades com toda infraestrutura necessária - número de crianças que estão em idade escolar, acesso às escolas, postos de saúde. Somos agentes de campo e fazemos acompanhamento junto às comunidades para poder alimentar o banco de dados e passar as informações para outras secretarias para que cada uma possa implementar suas políticas públicas”, detalhou Aguinaldo José de Souza.
Greca concluiu enfatizando a importância do encontro. “A reunião vai servir para que o IAP nos pontue onde nós não vamos atingir e prejudicar o meio ambiente, o ITCG vai cuidar da questão fundiária, onde é legal construir as casas e o grupo Clóvis Moura deu todas as informações básicas necessárias. Com isso, vamos poder começar as obras.”
Cohapar forma grupo de trabalho para acelerar obras de 200 casas quilombolas
O grupo tem como primeiro tarefa resolver o problema de acesso de veículos às comunidades para levar material de construção e mão de obra. O investimento do Estado será de R$ 2,5 milhões e a execução da obra terá um prazo de 12 meses
Publicação
10/09/2009 - 16:16
10/09/2009 - 16:16
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