A Companhia de Habitação do Paraná irá construir dez unidades do programa Casa da Família Rural destinadas a trabalhadores do Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária (Ipepa), em Maringá.
O convênio autorizando o início das obras foi assinado nesta sexta-feira (2), em Curitiba, pelo presidente da Cohapar, Luiz Claudio Romanelli, o presidente do Ipepa, Nildemar Gonçalves da Silva, e o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior.
As moradias destinam-se a famílias de trabalhadores rurais que vivem e trabalham no Centro de Educação Rural em Agroecologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável/Escola Milton Santos, em Maringá. O Centro atende a cem alunos entre filhos de agricultores assentados, trabalhadores sem-terra acampados e pequenos produtores rurais da região.
“Nove casas serão destinadas às famílias que vivem no Centro, e uma será usada como equipamento comunitário”, explicou Romanelli após a assinatura.
O investimento do Governo do Estado nas moradias será de R$ 110 mil. O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Roberto Baggio, ao qual o Ipepa é vinculado, também participou da solenidade.
O objetivo do Centro, que tem a UFPR como parceira, é ensinar alternativas de geração de renda, trabalho, qualificação profissional, desenvolvimento e tecnologia sustentáveis, além de preservação ambiental.
As moradias terão área construída de 52 m², três quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda, forro e cobertura em telhas cerâmicas. Há duas opções de projeto, à escolha dos moradores, desenvolvidos especialmente para a realidade rural. Os terrenos e a infra-estrutura serão doados pelo Ipepa, e a prefeitura de Maringá será responsável por obras complementares (redes de água, luz e esgoto e arruamento).
O programa Casa da Família Rural é uma parceria entre a Cohapar e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Na primeira fase, ele irá construir mil residências para pequenos agricultores em 52 municípios. Os agricultores podem optar pelo financiamento de 72 meses, com prestação de 20% do salário mínimo ou em cinco vezes, em parcelas anuais em equivalência produto (milho). Nesse caso, cada parcela equivale a 50,93 sacas de milho.