Cohapar faz plantão no Guarituba para regularizar as áreas do PAC

Advogados e assistentes sociais estão de plantão no escritório da Cohapar, montado para atender a comunidade nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região
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18/08/2010 - 15:20
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O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Everaldo Moreno, acompanhou nesta quarta-feira (18) os trabalhos de regularização fundiária que estão sendo realizados pelas equipes técnicas das áreas jurídica e social da Companhia, no Bairro do Guarituba, município de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Advogados e assistentes sociais estão de plantão no escritório da Cohapar, montado para atender a comunidade nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região.
De acordo com o projeto, cerca de 12 mil famílias que vivem no Guarituba serão beneficiadas pelas intervenções do maior programa de regularização fundiária do País em área de manancial. Além da regularização fundiária, 803 famílias que moram em situação de risco serão realocadas para casas que a Cohapar está construindo em local seguro, dentro do próprio bairro. Os investimentos de mais de R$ 93 milhões, em recursos do Governo Federal e contrapartidas do Governo Estadual e município, incluem ainda pavimentação, urbanismo, implantação de redes de água, esgoto, energia e criação de parques.
Para o presidente da Cohapar, o grande mutirão que está sendo feito para impulsionar todas as frentes de trabalho vai agilizar essas ações. “Estamos atuando com três grandes frentes. Uma com os processos de regularização, outra com levantamento do adensamento e precariedades, e o terceiro, está sendo feito pela área social, com o levantamento dos lotes irregulares”, disse Moreno.
“Desta forma, estamos dando cumprimento ao compromisso que mantivemos junto ao Ministério das Cidades, que é de concretizar pelo menos 500 regularizações até a primeira quinzena de setembro. Com essas frentes, acreditamos que esse número poderá ser superior a 800 processos, devendo chegar a 1000 até o final do ano. Estamos trabalhando para atingir essa meta”, destacou o presidente da Cohapar.
Segundo ele, esse é um trabalho muito importante porque garante a tranquilidade das famílias. “A regularização do lote representa a segurança na vida dessas pessoas. Com isso, outras melhorias acabam acontecendo e elas passam a investir mais em seus imóveis. Outro fator positivo é que com os terrenos regularizados, o poder público passa a fazer investimentos de infraestrutura e equipamentos sociais nessas áreas, melhorando a qualidade de vida dessa população”.
A advogada que está coordenando as equipes jurídica e social da Cohapar, Thanyelle Galmacci, explica que o trabalho é intenso. “Estamos fazendo plantões duas vezes por semana e estamos ampliando em mais um dia porque a demanda é grande. Aqui, orientamos as famílias com a documentação necessária, fazemos xerox dos documentos, explicamos a importância de estarem regularizados e então damos entrada nos processos”, explicou.
O trabalho da equipe jurídica consiste ainda em alertar as famílias para não comercializarem seus lotes após a regularização. Os beneficiados pelo programa estarão incluídos no Cadastro Único do Governo Federal e nunca mais poderão participar de outros planos habitacionais. “É um trabalho gratificante porque o acesso à moradia está previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Estado está cumprindo seu papel e sua missão de garantir esse direito à cidadania dos que mais precisam”, frisou Thanyelle.
SEGURANÇA – É assim que se sente Maria Julia de Ramos, 58 anos. Ela e a única filha que hoje está casada, se mudaram para o Guarituba em 1997. Ela conta que comprou um terreno com as economias que tinha quando trabalhava de doméstica. “Na época só havia mais duas casas no lugar e quando chovia inundava tudo. A gente saía de casa com a água pelo joelho e trocava de calçado no ponto do ônibus quando ia trabalhar”, lembra.
O terreno de Maria Julia está em situação irregular e ela foi até o escritório para entrar com a documentação para regularizar sua situação. “É mais seguro. Agora eu posso fazer melhorias na casa e no meu terreno porque vou ter a certeza de estar no que é meu. Isso me incomodava e me deixava insegura. Antes não tinha nem rua onde eu moro. Hoje já temos até luz e água. Desde que o governo começou a mexer aqui, muita coisa melhorou. Eu pude fazer o muro da minha casa e construí um pequeno salão de beleza que ajuda na renda da casa. Nossa vida também está mudando para melhor”, afirma.

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