Cohapar estuda adotar casas pré-moldadas de concreto para atendimento emergencial

Solução pode ser usada para abrigar famílias que estão em áreas de risco ou sujeitas a despejo judicial
Publicação
20/12/2007 - 12:42
Editoria
A solução de casas com placas pré-moldadas de concreto construídas em um prazo de até 30 dias é uma sugestão da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) que pode ajudar a resolver problemas de emergência em regiões onde as pessoas estão ameaçadas por despejo judicial ou em áreas de enchentes. “Estas casas não seguem o padrão permanente da Cohapar, mas podem vir a ser uma solução rápida em casos como da Vila São Bernardo, em União da Vitória, ou de Guaraniaçu”, explica o presidente da Cohapar, Rafael Greca. A equipe da Cohapar estuda o melhor caminho administrativo para realizar pregão eletrônico ou licitação e encontrar, dentro dos padrões técnicos exigidos pela Companhia, o melhor modelo com qualidade e preço. Nesta semana, uma empresa doou uma casa pré-moldada na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. A Vila Zumbi era uma favela hoje transformada pelo Governo do Estado em um novo bairro para 1.800 famílias, com a construção de 289 sobrados, pavimentação de 84 quilômetros de ruas, paisagismo e obras de saneamento para evitar enchentes. O local escolhido para a implantação da casa pré-moldada não está na área urbanizada. O terreno é da família de dona Sibila Helmmel, que já era proprietária do local. Ela vivia de forma muito precária numa casa velha de madeira, sem forro e cheia de frestas. DESPEJO – Greca cita como exemplo as famílias ameaçadas de despejo judicial em Guarianaçu, (Oeste do Paraná). “A prefeita Ana Neoli dos Santos me procurou e está preocupada com o drama de 60 famílias que ocupam uma área na beira da BR-277 e estão sujeitas a acidentes na rodovia. Estamos propondo à prefeita a solução de casas pré-moldadas para este problema”, diz Rafael. Ele informou que a mesma idéia foi levada à Copel para tentar resolver o problema de 50 famílias de papeleiros que moram numa área de inundação a à beira do Rio Iguaçu, na área que está dentro da zona de enchimento da cota do reservatório da represa Foz do Areia. “Quando chove, o rio enche muito rapidamente, colocando as famílias em risco de morte por causa das inundações”, explica o presidente da Companhia. A casa pré-moldada possui 42 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda, totalmente forrada e com telhas de cerâmica. Ela pode ser construída em 30 dias utilizando placas de concreto com moldura de tijolo à vista pelo lado de fora. Segundo apresentado à Cohapar, o sistema é de alta resistência, já que uma parede normal de alvenaria suporta, em média, 6 quilos por centímetro cúbico, enquanto que a de pré-moldado, em concreto armado, consegue suportar 180 quilos por centímetro cúbico. Também, o método permite redução de resíduos, fator que contribui bastante para diminuir o impacto ambiental.

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