A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) já enviou para a Caixa Econômica Federal (CEF) 60 documentos referentes a contratos antigos de financiamentos de casas, cujas prestações eram corrigidas pelos salários. A Companhia quer recuperar recursos pagos a mais à Caixa para corrigir mensalidades que, na época, variavam de acordo com os salários. O valor requerido do Fundo de Compensação de Variação Salarial (FVCS) é de R$ 528 milhões, segundo técnicos da Cohapar. Do valor total, R$ 136 milhões são referentes a créditos já reconhecidos pela Caixa, que o Paraná está habilitado a receber, porém, o Conselho Curador da CEF paralisou o processo requerendo mais documentos. “Nós precisamos mudar o foco e a estratégia, não apenas nos ocupando em honrar nossos compromissos junto à Caixa, mas procurando receber o que a companhia tem direito”, afirmou o presidente Rafael Greca. O presidente explica que de um lado o Paraná paga e cumpre seus compromissos “religiosamente” todos os meses. Ele se refere a dívida habitacional do Estado com a Caixa, que chegou a R$ 4,8 milhões por mês neste ano. No Brasil, a dívida total dos Estados é de R$ 120 bilhões. Greca encontrou-se com a presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho, no evento de inauguração do sistema de abastecimento de água, Miringuava, quando conversou sobre a parceria entre Cohapar e Caixa.“O governador Requião é o maior defensor dos bancos públicos no País, nunca ninguém prestigiou tanto a Caixa ou o Banco do Brasil como faz o governo do Paraná”, afirmou Rafael Greca, observando que os resultados da parceria são bons para o País e para o Estado. “ Não repassando contratos de financiamento de obras públicas aos bancos privados, o Paraná contribuiu para que os resultados bancários da Caixa sejam investidos no próprio Estado.” O gerente do departamento Imobiliário da Cohapar, Antônio Carlos Moreira, responsável pelos contratos de financiamentos, explicou que as complementações, documentos e justificativas de 60 contratos foram enviados para a gerência nacional de Fundos e Seguros da Caixa Econômica Federal, em Brasília. São cerca de 68 mil contratos antigos referentes ao FCVS.