Cohapar entrega mais 77 casas para famílias carentes de Centenário do Sul


Com investimentos de R$ 950 mil, as moradias atendem famílias com renda de até dois salários mínimos que pagarão prestações entre R$ 42 e R$ 64
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27/06/2009 - 11:14
Editoria
Com investimentos de mais quase R$ 950 mil, o presidente da Cohapar, Rafael Greca, entregou na sexta-feira (26), mais 77 unidades habitacionais para famílias de baixa renda, na cidade de Centenário do Sul, no norte do Paraná. Com a entrega dessas moradias, a Companhia já contabiliza um total de 2.696 unidades só nos 23 municípios que integram o escritório regional de Londrina. Ainda estão em obras outras 713 casas em um total de 82 empreendimentos. Greca disse aos novos moradores que a partir daquele momento uma nova vida começava num novo endereço. “Vocês não calculam a alegria que me dão ao olhar o rosto de cada um e ver a expressão da esperança com que vão entrar na casa nova. Vocês agora terão um endereço só seu, para criarem os seus filhos, e os filhos dos seus filhos”, comemorou. As novas moradias do Residencial Nazaré, atendem famílias com renda de até dois salários mínimos que pagarão prestações entre R$ 42 e R$ 64 de acordo com a renda familiar, durante seis anos. Construídas pela modalidade de caução, subsidiadas pelo Governo Federal e Governo Estadual, com a doação da área feita pela prefeitura que também é responsável pela infraestrutura, as casas serão habitadas, na sua maioria, por trabalhadores rurais. Para o presidente da Cohapar esse era um momento de redenção. “Porque essas casas foram construídas para gente muito pobre, num bairro muito bonito e podemos ver que as pessoas estão tendo a consciência, nesse momento de receber a chave, que estão mudando também de vida”. A prefeita Veralice Pazzotti, salientou que a entrega das casas é um momento de realização. “É uma realização não apenas das famílias de Centenário do Sul, mas uma realização pessoal de qualquer gestor público que luta para conseguir um teto para as pessoas mais necessitadas”. Ainda segundo ela, o programa de parceria adotado pela Cohapar é inédito e está viabilizando a moradia em todos os municípios. “As famílias podem quitar suas prestações por um prazo de seis anos e em pequenas prestações. É uma parceria maravilhosa que oferece aos municípios as condições para construir moradia digna para as pessoas que mais precisam”, disse. O deputado Waldyr Pugliesi que acompanhou a entrega das chaves às famílias comentou que “o mais importante é ver essas famílias saírem do aluguel porque esse é um dinheiro que nunca mais volta. Na casa própria é exatamente o contrário. As vidas dessas pessoas se modifica para melhor, ganha qualidade. A casa e a urbanização melhora tudo. Melhora a condição financeira das famílias, melhora a condição de saúde principalmente das crianças e melhora a auto estima”, afirmou. VIDA NOVA – Eleandro Pereira Lucas, 27 anos, e a esposa Dalva Francisco, 34 anos. Trabalham com corte de cana, estão juntos há seis anos e tem dois filhos. Os dois não vêem a hora de sair da casa onde moram e pagam aluguel de R$ 80, mais R$ 68 de energia e água. A casa onde vivem é sem forro, sem acabamento, sem portas. “Estamos aflitos para sair daqui, porque a proprietária já pediu a casa”, desabafou Dalva. Segundo Eleandro, o que eles ganham mal dá para as despesas. “Essa casa foi uma benção que caiu do céu nas nossas vidas. Vamos pagar uma prestação de R$ 43 e ainda vamos ter direito ao programa da Luz e da Água. Hoje posso dizer que sou uma pessoa realizada. Tudo que mais queria na vida era dar uma segurança para minha família. Vamos começar uma nova etapa e viver de aluguel, nunca mais”, disse Eleandro. Pais de cinco filhas, o casal Miguel do Carmo e Suzamar Fernandes Trindade vive de favor numa pequena casinha cedida pelo pai dela. Um guarda roupa divide o espaço do casal e das crianças. A casa, sem forro, molha por dentro quando chove. A família recebe o dinheiro do Bolsa Família de R$ 122 e está incluída nos programas da Água e da Luz. “Trabalhamos no corte de cana e se não fosse essa ajuda do governo, a situação ficaria bem mais difícil”, conta Suzamar. “Ter uma casa sempre foi nosso sonho, mas as vezes a gente desistia de sonhar. Era uma coisa tão distante. Hoje quando vejo nossa casa, parece mentira. Todo que mais queremos agora é mudar o mais rápido possível”, diz Miguel.

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