O programa Vazios Urbanos, da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), avança na região Norte do Paraná com 81 casas sendo construídas em lotes urbanos desocupados ou ocupados precariamente. Em Londrina, 47 casas estão em fase adiantada de obras e serão finalizadas até o mês de dezembro. No município de Porecatu 17 unidades habitacionais foram construídas. E no município de Guaraci serão construídas outras 17 unidades para famílias de baixa renda. Na cidade de Cornélio Procópio serão entregues neste sábado (dia 20) 98 casas no conjunto do parque residencial pioneiro Sebastião Cunha. O presidente da Cohapar, Rafael Greca, delegou a missão de inaugurar a obra ao deputado e líder do governo, Luis Carlos Romanelli, que estará na região, junto ao prefeito Amin Hannouche e o gerente regional, Sílvio Cunha. “Até o final do ano, vamos entregar mais de cinco mil moradias às famílias”, informa Greca. O programa Vazios Urbanos tem como finalidade principal adensar a ocupação dos municípios paranaenses, seguindo as diretrizes da boa urbanização, expressas no Estatuto das Cidades. As casas são construídas em locais com arruamento, água e luz instaladas, racionalizando gastos das prefeituras com investimentos em infra-estrutura. “Ao invés de isolar as famílias atendidas em conjuntos periféricos, este programa integra-os à cidade, com claras vantagens para a vida urbana. A ocupação dessas áreas ajuda a combater a criminalidade com a eliminação de áreas de risco sanitário e criminal”, diz o presidente de Cohapar, Rafael Greca. De acordo com Greca, a participação dos municípios é fundamental para o sucesso do programa. “É importante que os prefeitos nos indiquem áreas desocupadas dentro dos bairros e façam a doação dos terrenos à Cohapar para que possamos ser um exemplo para o Brasil no cumprimento do Estatuto das Cidades”, completa. LONDRINA - Os Vazios Urbanos de Londrina estão localizados nos empreendimentos já existentes do Moradias Cabo Frio – um conjunto com 743 unidades, entre casas e apartamentos – e no Residencial Tibagi. “Nesses locais houve uma sobra de área que foram utilizadas para este programa”, diz o engenheiro Roberto César de Barros, do escritório regional de Londrina. Ao todo são 47 moradias (13 unidades no Cabo Frio e 34 no Tibagi), das quais 14 serão ocupadas por policiais militares e bombeiros. A Cohapar coordena os trabalhos de 29 prestadores autônomos de serviços e a previsão dos técnicos é que as obras sejam concluídas até dezembro. “O Escritório Regional da Cohapar de Londrina está empenhado em ocupar áreas em conformidade com o que está disposto no Estatuto das Cidades”, afirmou Eduardo César. “As áreas em Porecatu faziam parte de uma reserva técnica da própria Companhia e as obras foram viabilizadas de acordo com a determinação do presidente da Cohapar Rafael Greca”, explica o engenheiro. DIFICULDADES E ESPERANÇAS - As obras dos Vazios Urbanos de Guaraci, onde 17 unidades estão sendo construídas em lotes que foram desapropriados amigavelmente pela prefeitura e doados à Companhia, estão em fase adiantada. Para o prefeito de Guaraci, Sidinei Dezoti, a idéia de ocupar os vazios urbanos é uma excelente estratégia de Rafael Greca. “São áreas que geralmente são utilizadas por desocupados ou para o despejo de resíduos de lixo, provocando um acúmulo de dejetos que só fazem proliferar insetos e doenças. Além de evitar esses problemas, o uso dessas áreas, proporciona uma boa economia aos cofres do município, visto que são locais que já possuem toda infra-estrutura. Com isso podemos investir mais em outros setores carentes de nossa cidade”, enfatiza Dezoti. A prefeitura já adquiriu outra área com mais de 23 mil m², onde pretende construir 75 unidades nos sistemas de hipoteca e caução, dentro da malha urbana e, no Distrito de Bentópolis, outras 20 unidades estão previstas, ocupando espaços de vazios urbanos. O programa Vazios Urbanos é executado na forma de parceria entre a Cohapar, Caixa Econômica Federal, Prefeituras e Comunidade organizada, com financiamento da Caixa Econômica Federal, através do Programa Imóvel na Planta – Recurso FGTS nas modalidades Hipoteca e/ou Alienação Fiduciária e Caução.