Cohapar entrega 31 casas populares em Maringá e 36 em Luiziânia

Companhia de Habitação do Paraná investiu R$ 1 milhão para atender a 76 famílias de baixa renda
Publicação
25/02/2008 - 17:50
Editoria
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, entregou as chaves de 67 casas nos municípios de Maringá e Luiziânia (Noroeste do Paraná), que foram construídas com investimentos de cerca de R$ 1 milhão. Em Maringá, são 31 casas destinadas às famílias que recebem entre três e cinco salários por mês. Em Luiziânia, são 36 casas para famílias com renda mensal de até um salário mínimo. Em Maringá, Greca salientou a importância do programa habitacional que o Governo Requião vem implantando por intermédio da Cohapar. “Somos um instituto de desenvolvimento e de inclusão social. Cada vez que entregamos as chaves de um novo bairro é uma grande alegria. Agora essa rua pertence a vocês, com endereço definitivo. Nessa rua, está fundada a casa da família de cada um e cabe a vocês fundarem aqui o futuro e a esperança”, disse ele aos novos moradores. O presidente da Cohapar lembrou ainda que o Paraná é o único Estado onde o governo não exige que as famílias beneficiadas pelo programa paguem as prestações antes de se mudarem para a nova casa. “Isso porque o governador entende que é difícil pagar aluguel e prestação da casa ao mesmo tempo. Só nesse empreendimento foram gastos R$ 66,5 mil em prestações que o governo pagou. Apenas a partir de hoje vocês passam a pagar pelas suas moradias”, disse. Para o prefeito de Maringá, Sílvio Barros, o que faz a diferença numa obra como esta é a parceria entre os poderes públicos. “É uma parceria para ajudar a população. Nosso déficit habitacional ainda é grande, mas a parceria que temos com a Cohapar e a Caixa Econômica Federal tem permitido que possamos viabilizar muitas moradias para a nossa gente. É muito gratificante poder participar de um momento como este, onde nos sentimos realizados em entregar a cada um o sonho da casa própria”, afirmou. Para o prefeito de Luiziânia, José Cláudio Pol, esse é um momento de grande satisfação e orgulho. “Ter a oportunidade de presenciar e participar da realização de um sonho que não é apenas dessas famílias, mas nosso também, é muito emocionante. Devemos isso a essa parceria com a Cohapar e a Caixa Econômica Federal. Se não fosse essa parceria, jamais nosso município teria condições para viabilizar esse momento”, disse. O gerente-geral da Caixa Econômica Federal de Campo Mourão, Rubens Vieira Lopes, salientou a importância que o Governo Federal vem dando à habitação popular: “O Paraná é um exemplo de competência para o Brasil e nos sentimos orgulhosos de fazer parte dessa construção de uma vida mais digna para os que mais precisam. Essas unidades são uma demonstração de que a Caixa vem cumprindo sua missão social”. MUTUÁRIOS - Leonilde Correia, 45 anos, trabalha como diarista em Maringá e ganha em torno de um salário mínimo por mês. Há duas semanas ficou viúva, quando perdeu o marido num acidente. Sozinha e com duas filhas para criar, além da irmã que tem necessidades especiais, ela lamenta que o marido não pudesse estar ali para compartilhar desse momento tão desejado. “Esse era um sonho que eu tinha e pedia a Deus para esse dia chegar. E fui atendida. Vou deixar de pagar aluguel para pagar pela minha casa. Não vejo a hora de mudar”, disse. A tesoureira da Associação de Moradores do Residencial Maringá II, Maria Donizete Navasconi, disse que acompanhou a obra desde o início: “Era uma alegria vir aqui e ver as casas sendo levantadas. Essa é uma conquista não apenas minha, mas de cada família que vai passar a morar aqui”. Marineide Soares dos Santos, 25 anos, era moradora da favela Lagoa dos Sapos, em Luiziânia. Além dela, vivem lá outras 36 famílias, em barracos que sofrem constantes inundações causadas pelas chuvas. Desse total, 13 foram selecionadas para as novas casas. Casada e com seis filhos, Marineide conta sua trajetória de vida. “Casei com 13 anos, mas moro aqui desde que nasci”, conta. A casa onde vivia é de madeira, sem forro, chão de terra batida, o pequeno espaço dividido entre a cozinha e o quarto, onde dorme toda a família. O banheiro improvisado fica do lado de fora. Tereza Marques, 30 anos, vive com o marido e três filhos com um salário que não chega a R$ 100,00 por mês e da ajuda do Bolsa Família do Governo Federal. O barraco onde moravam, na localidade chamada de Favela I, é coberto com pedaços de madeira e lona, sem divisória. Não tem banheiro, o chão é de terra batida. Um fogo aceso com pedaços de madeira e sustentado por alguns tijolos, funciona como fogão, onde Tereza cozinha o pouco de comida que consegue para alimentar a família. “Eu ganhei um fogão a gás, mas vou deixar para usar na casa nova, porque aqui não tem como. Parece mentira que vamos ter uma casa de verdade. Toda minha vida vivi assim. O sonho sempre tive, mas achava que era impossível. Agora que é realidade, custo acreditar”.

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