Cohapar encerra oficinas do plano de habitação social

Entidades participantes do Pehis apresentaram os levantamentos e avaliações dos setores em relação à construção civil
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26/10/2010 - 17:00
Editoria
A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) encerrou, nesta terça-feira (26), o ciclo de oficinas setoriais do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis). Durante esta etapa, as entidades participantes apresentaram os levantamentos e avaliações dos setores em relação à construção civil.
O presidente da Cohapar, Everaldo Moreno, acredita que, com o fim destas oficinas, o banco de dados que a Cohapar e o Ipardes estão concluindo será ampliado com as informações levantadas nos encontros. “Com a ajuda dos diversos setores, que participaram das oficinas, e as pesquisas realizadas nos municípios, teremos um ótimo diagnóstico das necessidades habitacionais”.
Para a coordenadora do plano, Bernadeth Dickow, essas reuniões acrescentam muito no trabalho de elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social. “Conhecemos a dinâmica atual e perspectivas futuras do setor da indústria da construção civil e principalmente, a atuação da sociedade na regularização fundiária e moradias de interesse social. A habitação popular passou a ser vista como trabalho de toda a sociedade, deixando de ser preocupação exclusiva do Governo e entidades sociais”.
Os representantes do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) Juliane Galvão e Ademir Silva acreditam na capacitação de profissionais para o setor da construção. “O baixo número de técnicos da construção revela profunda carência do setor. A falta desses profissionais, provavelmente, está sendo suprida por mestres e encarregados sem formação apropriada”, revelou Ademir.
Segundo Juliane, desde 2006, o setor é um dos motores para o crescimento econômico do País. “Cerca de 55,6% do valor adicionado pela construção civil à economia provêm da informalidade. Esse dado ressalta a preocupação na qualificação profissional”.
Ubiraitã Dresch, representante da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil), trouxe dados relevantes ao plano. Segundo ele a produção de casas cresceu muito nos últimos 10 anos. Pulou de 10.564 em 2000 para 33 mil até outubro deste ano. “O setor apresentou um aumento de mais de 100%, alertando o mercado para a busca de novas tecnologias e aperfeiçoamento profissional, para que não ocorra desequilíbrio no setor”, acrescentou.
Outra questão levantada, durante esse último encontro, foi a preocupação com as regularizações fundiárias. Para André Albuquerque, diretor da Terra Nova Regularizações Fundiárias, existe ainda muita burocracia nos trâmites para regularização fundiária. “A simplificação dos trâmites de aprovação e licenciamento de projetos de regularização traria grande vantagem ao processo. Devemos pensar mais na função social da propriedade”.
PLANO - O Plano Estadual de Habitação de Interesse Social – Pehis - irá consolidar o planejamento da ação estadual referente à questão habitacional, a partir da elaboração do diagnóstico do setor e das carências de moradia nas diversas regiões do Estado, estabelecendo as diretrizes, linhas programáticas, fontes de recursos, metas e indicadores com o objetivo de promover o acesso à moradia digna no Estado do Paraná.
O levantamento das informações é acompanhado pelo Ipardes, órgão responsável pelo banco de dados do diagnóstico, que serão usadas para o mapeamento das necessidades habitacionais. Sete técnicos estão envolvidos na fundamentação dos dados levantados.
Participaram da reunião Cohapar, Fiep (Federação da Industria do Estado do Paraná), Senai (Serviço Nacional de aprendizagem Industrial), CBIC (Câmara Brasileira da Industria da Construção), Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil) e Terra Nova Regularizações Fundiárias.

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