O presidente da Cohapar – Companhia de Habitação do Paraná – Rafael Greca, anunciou os nomes de Juarez Miguel Rossetim, como novo diretor administrativo-financeiro, e de Jorge Guerra na diretoria de Projetos. “Os novos diretores vêm colaborar com o processo de expansão e de gestão da Companhia”, afirmou o Greca, durante reunião de diretoria, nesta terça-feira (05).
Rossetim e Guerra substituem, respectivamente, João Carlos Baracho, que retoma as suas atividades na vice-presidência da Associação Médica do Paraná, e a arquiteta e ex-presidente da Companhia, Rosângela Curra, que permanece como assessora especial da empresa. “Baracho deixa Cohapar para se dedicar integralmente à sua vocação e à Associação Médica do Paraná, e Rosângela, funcionária de carreira da casa, vai permanecer porque não podemos prescindir do seu conhecimento e da sua memória técnica”, informou Greca. Na superintendência jurídica entrou a advogada Cibele Knoer substituindo Clóvis Augusto Veiga da Costa.
EXPERIÊNCIA – Rossetim é contador, com especialização em engenharia econômica e atuava como técnico na Agência de Fomento do Paraná. Ele foi um dos responsáveis pelo relatório de ordenação contábil e estratégica, solicitado pelo secretário Rafael Greca ao governador Roberto Requião e efetivado em julho deste ano.
Guerra atuou como executivo-técnico da Secretaria da Indústria e Comércio, onde atuou na área de fomento. Ele é economista, pós-graduado em Análise e Avaliação de Projetos, pela Fundação Getúlio Vargas.
A nova diretoria marca uma das etapas do processo de reengenharia da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que terá nova ordenação técnica e financeira. “A missão da Cohapar aumentou com a implantação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), porque as obrigações do programa não existiam na gestão anterior. Soma-se ao PAC, o processo de reestruturação econômica da Companhia”, afirmou Greca.
BALANÇO – Um dos objetivos da nova direção administrativa é reorganizar o balanço da Companhia, que está quitando entre os anos 2007 e 2011 a maior parte das antigas dívidas do Banco Nacional de Habitação (BNH), extinto no início dos anos 90.
Só no ano passado, o Estado pagou R$ 60 milhões, por meio da Cohapar, à Caixa Econômica Federal. Este valor entra na Companhia como aumento de capital, sobrecarregando o balanço da empresa. Em todo o País, as companhias de habitação estão pagando R$ 120 bilhões em dívidas do BNH à Caixa.
Outro ponto importante da missão do novo diretor Rossetim é o de tornar viável financeiramente um dos mais importantes programais sociais de habitação. O Direito de Morar, destinado às famílias com renda preferencialmente menor que um salário mínimo, custa à Cohapar R$ 17 mil mas as famílias pagam apenas R$ 3,6 mil.
A diferença entre o preço pago e o custo total da obra entra no balanço da companhia como déficit contábil. Trata-se de um programa social que atende famílias com menor renda, que pagam entre R$ 35 a R$ 50 a prestação durante 72 meses ou 6 anos. “Este recurso não retorna à companhia, mas entra como aumento de capital. Esta é principal conclusão do relatório e a idéia é montar um novo modelo de gestão”, explica Greca.