Cohapar detalha regras para construir 44 mil casas no Paraná

A Cohapar e a Caixa Econômica Federal, no Paraná, já começaram a trabalhar no programa de habitação ‘Minha Casa/Minha Vida’ assim que terminou o anúncio do presidente Lula na quarta-feira (25)
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26/03/2009 - 15:40
Editoria
A Cohapar e a Caixa Econômica Federal, no Paraná, já começaram a trabalhar no programa de habitação ‘Minha Casa/Minha Vida’ assim que terminou o anúncio do presidente Lula no dia 25. O presidente da Cohapar, Rafael Greca, promoveu nesta quinta-feira (26) reunião de Diretoria onde os superintendentes da Caixa e do PAC/PR, respectivamente Arielson Bittencourt e Elisabeth Alessi, detalharam a videoconferência da qual participaram com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, na noite de quarta-feira (25). Greca já tem algumas conclusões: “O programa dá o maior subsídio (R$ 17 mil /casa) para cidades de mais de 100 mil habitantes, capitais e municípios de regiões metropolitanas. Logo, a Cohapar vai aplicá-lo na Grande Curitiba (e nas 28 cidades vizinhas) e nas regiões metropolitanas de Londrina, Maringá, e Cascavel. E mais nas cidades de Arapongas e Apucarana, no Norte; Ponta Grossa e Guarapuava, no Centro do Estado; Foz e Toledo, no Oeste, e em Paranaguá, litoral do Estado. O programa ‘Minha Casa/Minha Vida’ prevê um Fundo de Arrendamento Residencial para o qual deverão ser doadas as áreas destinadas à construção das novas casas de família, que serão preferencialmente tituladas em nome das mães de família. Segundo o presidente da Cohapar, este novo programa é a melhor notícia de justiça social que já se deu às grandes cidades deste país. “Afinal uma casa significa redenção de vida”. REUNIÃO COM PREFEITOS – Para dar andamento à implantação do programa no Paraná, Rafael Greca convocou uma reunião de planejamento com os prefeitos das cidades das regiões metropolitanas, em Curitiba, na sexta-feira, 3 de abril. Até a data, o presidente da Cohapar está solicitando aos prefeitos que organizem e apresentem o rol de áreas disponíveis para a implantação de casas. “Valem terrenos que já são públicos do Município, do Estado e do patrimônio da União”, frisou Greca. “Ainda não conhecemos todas as regras porque a Caixa vai divulgar só na próxima quarta-feira (1º de abril) as instruções normativas definitivas. Queremos saber quantas casas entre as 44 mil já destinadas ao Paraná atenderão ao nosso público preferencial - famílias muito pobres, com renda de 0 a 3 salários mínimos, moradoras de áreas de risco da Grande Curitiba e das cidades maiores, ainda não atendidas pelos programas em execução (política habitacional do governo e PAC)”. Rafael Greca está escrevendo aos prefeitos das cidades contempladas informando que são necessários 4.400 m² de terra para assentar uma quadra ideal de 20 casas, em 20 lotes de 10 m x 20 m, mais o arruamento, com casas de 35 m², conforme determina o programa ‘Minha Casa/Minha Vida’. “Para 9 quadras, com 180 casas, o que considero um loteamento ideal, precisamos de 2,5 alqueires, isto é 62.000 m². Sem esquecer que aí também entram a rua e as calçadas urbanisticamente corretas”, enfatizou Greca. A Cohapar pretende usar vazios urbanos, terras públicas e reorganizar áreas ocupadas próximas a rios ou a encostas, pirambeiras e grotões de risco. “Vamos revogar a tristeza dos bolsões de miséria que infelicitam a paisagem metropolitana com a chaga da exclusão social”. A gerente da Caixa, Elisabeth Alessi, disse que valem também terrenos a serem desapropriados sem especulação imobiliária, porque o imóvel não poderá ter custo final de mais de R$ 100 mil, em áreas supervalorizadas. “A cidadania começa quando se tem um endereço, um contador de eletricidade sem o risco dos ‘gatos e gambiarras’, uma ligação na rede de água e esgoto, sem a humilhação da valeta fedida, e um endereço postal no arruamento da cidade, com o telhado sobre a cabeça da família. Mesmo que a casa tenha 35 m², com prestações de R$ 50 em apenas 10 anos, num custo final de R$ 6 mil/ família, pois o preço real é muito superior”, concluiu o presidente da Cohapar. Rafael Greca sinalizou com a data da segunda-feira depois da Páscoa, dia 13 de abril, para ir até Brasília. “Prometemos ao governador Roberto Requião fazer o máximo para que sejamos os primeiros a levar um projeto consistente para o presidente Lula e a ministra Dilma Roussef. O governo do Paraná já faz tudo isso, com recursos próprios, e sacrifício financeiro. Agora vamos fazer mais, com grande entusiasmo. Isto é justiça social”.

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