Cohapar convida estudantes de engenharia para conhecer projeto de regularização no Guarituba

O convite foi feito pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca, durante palestra de encerramento do 6º Ciclo de Seminários do Curso de Engenharia Civil da UFPR, neste fim de semana
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01/09/2008 - 12:00
Editoria
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, em sua palestra de encerramento do 6º Ciclo de Seminários do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), convidou todos os estudantes de engenharias do Paraná para conhecer o maior projeto de regularização do País, no Guarituba, em Piraquara. O Guarituba é a maior favela do Paraná, onde vivem 12 mil famílias, numa área de banhado. O projeto irá transformar a favela em um bairro, retirando as famílias da beira do rio, que faz parte do manancial que abastece de água mais de 70% da população de Curitiba. O Governo do Paraná executa o trabalho por meio de 10 secretarias de Estado, além da Sanepar e Cohapar. “É um laboratório ao ar livre. É muito importante que vocês vejam como tudo é feito na prática. Vocês vão saber o que é engenharia quando forem a campo. Estou à disposição para apresentar o Guarituba aos alunos da UFPR, que têm o urbanismo de resgate social como tema principal”, afirmou Greca, que também é engenheiro de formação. Sob o tema “Energia e Inovação para um Mundo Novo”, o presidente da Cohapar fez, neste fim de semana, uma palestra para 180 pessoas sobre novas formas de energia que estão sendo aplicadas no mundo. Greca estimulou os alunos a buscarem conhecimento e desenvolverem novas tecnologias. “Precisamos inovar, mas sempre pensando no bem. É importante também ter noção da realidade. Vejam como são as favelas da cidade e pensem em como podem ajudar. É importante pensar em soluções adequadas à realidade de cada lugar”, afirmou. Projetos - O presidente da Cohapar apresentou aos alunos e professores outros projetos que estão em desenvolvimento na Companhia, como a Casa Verde - um projeto de casa ecologicamente correta, que aproveita a água da chuva e utiliza materiais alternativos, como por exemplo, bambu e isopor. Outro projeto, já implantado, é o aquecedor solar feito com garrafas PET e embalagens longa vida. “Não é só nas cidades de primeiro mundo que existem projetos ambientalmente corretos e com novas formas de energia. Estamos implantando nas favelas do Paraná o aquecedor solar fabricado com materiais recicláveis, assim evitamos que garrafas e embalagens sejam jogadas no meio ambiente, e economizamos energia elétrica ao estimular o uso de energia solar”, explicou o ex-prefeito de Curitiba. Greca observou ser necessário que os estudantes estejam sempre atentos às novidades, uma vez que o futuro depende desta geração que hoje está na universidade. “O sonho de um futuro melhor e mais limpo pertence a vocês. A esperança está em cada geração que sai da escola. Vocês são os engenheiros do futuro. Daí a importância de um projeto como o Guarituba, onde se vê e aprende o urbanismo de resgaste social. É uma sala de aula ao ar livre, com laboratório de tecnologias apropriadas ao homem”, concluiu.

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