Cohapar constrói primeiras moradias para famílias carentes em Fazenda Rio Grande

O terreno onde estão sendo executadas as 17 primeiras moradias terá um total de 34 unidades, que atenderá as pessoas que vivem nas Vilas 1º de Maio e União
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09/02/2010 - 11:50
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O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, informou que as primeiras 17 casas para moradores em área de risco no município de Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba, já estão em adiantada fase de construção. Essa é a primeira etapa de um total de 70 moradias. “O importante é oferecer vida nova à população que mora em áreas de risco e de invasão, o mesmo que já estamos fazendo em outros quatro grandes municípios da Região Metropolitana de Curitiba”, frisou Greca, ao visitar as obras nesta segunda-feira (08). O terreno onde estão sendo executadas as 17 primeiras moradias terá um total de 34 unidades, que atenderá as pessoas que vivem nas Vilas 1º de Maio e União. Na segunda fase do projeto, 36 casas serão construídas para as famílias que ocupam as áreas das Vilas Pantanal e Aquários. Todas com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mais 256 terrenos serão regularizados para as famílias que vivem na Vila 1º de Maio, além de obras de pavimentação e recuperação ambiental das áreas que serão desocupadas. Qualidade de vida - As constantes chuvas deste ano têm deixado em pânico várias famílias que vivem na beira do rio Mascate, que deságua no rio Iguaçu, e não vêem a hora de deixar o local. “Cada chuva que vem deixa tudo alagado. Aparecem cobras e insetos, além do esgoto a céu aberto, que com o calor e a chuva transforma tudo num horror”, conta Marlene Fernandes, 35 anos. A casa onde mora com o marido Luiz Carlos Venâncio e três filhos, feita em madeira, com apenas um quarto, está deteriorando. “Semana passada, o piso do banheiro caiu. Está cada vez mais difícil viver aqui. Estamos esperando ansiosos que as casas da Cohapar fiquem prontas para que a gente possa sair daqui, para um lugar seguro e confortável”. “O que mais quero na casa nova é um banheiro decente e água encanada”, revela Neli Maria de Oliveira, 53 anos. Ela vive com o marido numa área completamente alagada e insalubre, por onde corre também o esgoto das casas. “Graças à ajuda do governo vamos ter uma casa de verdade. Não temos como pagar aluguel, por isso moramos aqui e vivemos como é possível. Mas agora estou feliz porque vamos para um lugar seco e limpo”. Para Etelvina Teresinha da Luz, sair daquele barraco significa começar uma vida nova. Aos 50 anos, ela trabalha como diarista, cuida de um filho especial de 11 anos e vive com a mãe de 87 anos. O barraco tem apenas uma peça, feito com retalhos de madeira, sem banheiro. “A gente vive como pode, mas nunca deixa de sonhar e ter esperança. Esse dia está chegando. É uma conquista que vai transformar nossa vida. Vou dar uma vida mais confortável e segura para minha mãe e meu filho”, desabafa. Todo o empreendimento, dividido em três áreas doadas pela prefeitura à Cohapar, executora do projeto, receberá investimentos de mais de R$ 3,8 milhões, com recursos do governo federal com a contrapartida do Tesouro Estadual. Para Rafael Greca, a ideia é proporcionar à Fazenda Rio Grande o apoio e as condições necessárias para multiplicar e ampliar a possibilidade de moradia popular. O projeto construtivo prevê casas geminadas de 40 metros, em alvenaria, telhas de cerâmica e totalmente forradas, contendo dois dormitórios, sala, cozinha com pia, banheiro com chuveiro e louça sanitária, além de uma pequena varanda e lavanderia com tanque instalado. Greca destacou ainda que “todo dinheiro que vem para a habitação está sendo aplicado na qualidade de vida das pessoas, proporcionando uma vida digna e promovendo a inclusão social de milhares de paranaenses”. FNHIS – No Paraná, 15 municípios foram contemplados com verbas do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. São eles: Campo Largo, Cambé, União da Vitória, Almirante Tamandaré, Apucarana, Cambará, Castro, Cândido de Abreu, Fazenda Rio Grande, Guarapuava, Mangueirinha, Porto Amazonas, Pitanga, Quedas do Iguaçu e Santa Maria do Oeste. Além disso, os recursos do PAC, com contrapartida do governo do Estado e prefeituras, no valor de R$ 37 milhões, também estão sendo destinados para viabilizar a regularização fundiária da RMC, como no Guarituba, em Piraquara, para 8.087 famílias; Colombo, 398 famílias; Campo Magro, 42; e Pinhais 906.

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