Cohapar constrói casa adaptada à pessoa portadora de deficiência em Ibiporã

A residência tem rampas de acesso e portas mais largas para permitir a passagem de cadeira de rodas
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25/12/2004 - 00:00
Editoria
A paralisia em uma das pernas, adquirida aos seis meses de idade, trouxe limitações de mobilidade, mas não tirou a esperança da dona de casa Lusia Martins Teixeira, de 26 anos, residente em Ibiporã, de ter uma moradia própria. Ela vive agora em uma das casas do programa Casa da Família-PSH construídas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). "Morava de aluguel e tinha que me arrastar pela casa pois não havia espaço para me locomover com a cadeira de rodas", disse Lusia. Casada e com três filhos, sendo um deles com apenas dois meses de idade, ela se movimenta com desenvoltura pela casa nova onde reside há cerca de três meses, projetada especialmente para pessoas com dificuldades de locomoção. A casa tem rampas de acesso, com portas mais largas para permitir a passagem da cadeira de rodas e o banheiro foi adaptado para propiciar conforto. A última casa na qual Lusia morava tinha apenas dois cômodos para abrigar a família inteira e o aluguel era muito alto. "Pagava R$ 80 e ficava angustiada quando o senhorio pedia a casa de volta", revelou. Porém, o que mais a incomodava mesmo era o fato de não poder se locomover com desenvoltura. "Consigo no máximo me apoiar por cerca de um minuto com uma das pernas, mas cansava muito", completou. As moradias do Casa da Família-PSH podem ser adaptadas dependendo do grau de deficiência física dos seus ocupantes. "Os projetos estão em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e já construímos diversas unidades para mutuários portadores de algum tipo de limitação física", afirmou o presidente da Cohapar, Luiz Romanelli. Todas as casas do programa têm 40 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e são com forradas e cobertas com telhas cerâmicas. O passado recente de sofrimento agora ficou para trás e Lusia pode realizar normalmente as tarefas corriqueiras de uma dona de casa, como pendurar roupa no varal, varrer a casa, e assim, viver com mais dignidade. Com o pequeno Kleber no colo, ela tem a certeza que a vida será bem melhor daqui para a frente. "A casa é muito boa, tenho paz e estou muito feliz com a realização desse sonho", concluiu.