Cohapar completa 43 anos de promoção de resgate social


História da Companhia se mistura com a das 168 famílias que receberam suas casas em Campo Mourão no Dia das Mães
Publicação
14/05/2008 - 16:48
Editoria
A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) completa 43 anos nesta quarta-feira (14), com a realização do sonho da casa própria traduzida nas histórias de vida de Marili Nascimento dos Santos e Maria Parnanguara, ex-moradoras da favela do Ribeirão, em Campo Mourão. Marili, mãe de oito filhos, e Maria, de cinco, assim como mais 168 famílias, moravam em situação de extrema pobreza, em barracos em áreas com erosões provocadas pelas chuvas, onde crianças e lixo se misturavam. Foram resgatadas pelo trabalho desenvolvido pela Cohapar e passam, a partir de agora, a ter uma vida digna e endereço. “Falar em sonho da casa própria parece lugar comum, mas não é. Este o principal sonho das famílias brasileiras, segundo todas as pesquisas. É o bem mais importante para a realização de uma família. Após este resgate social realizado pela Cohapar na quinta-feira (7), em Campo Mourão, mostramos a todos que o lucro da Companhia é o lucro social, que proporciona a realização do sonho da casa própria, mesmo para os mais despossuídos”, enfatizou o presidente da Cohapar, Rafael Greca. “A Cohapar tem um papel fundamental para a redução da pobreza: construir habitações para os brasileiros de menor renda, para aqueles que não teriam nenhuma oportunidade de conseguir suas casas próprias, não fosse o trabalho do Governo do Paraná e de todos os funcionários da Companhia Paranaense de Habitação”, conclui Greca. Durante a entrega de chaves no conjunto residencial São Francisco de Assis, em Campo Mourão, o trabalho de resgate social da Cohapar pode ser comprovado. As 170 famílias que mudaram para as novas casas viviam em duas favelas, em situações desumanas. A catadora de papel Marili Nacimento viveu durante dez anos na favela São Francisco e sobrevive com a ajuda do Bolsa Família, do Governo Federal, e da cesta básica fornecida pela prefeitura. Ela conta que passou por muitas dificuldades, sua casa era montada com tábuas remendadas e panos eram usados para cobrir os buracos e as frestas entre as madeiras. Não havia piso e pedaços de tapete e lonas plásticas eram colocados no chão batido, mas isso não adiantava quando chovia, pois a água invadia a casa e estragava tudo que tinha lá dentro. Além disso, o banheiro, sem fossa, infiltra e contamina as minas d’água que ficam a céu aberto e servem como fonte para muitas famílias. “Nem acredito que vou ter uma casa de verdade. É uma benção poder sair daqui. É uma oportunidade única que estamos tendo de ter uma vida decente”, afirmou Marili. Maria Parnanguara também passou por momentos críticos durante os 30 anos em que viveu na favela. Aos 38 anos de idade, ela conta que trabalhou no corte de cana dos 12 aos 16 anos e hoje trabalha com o marido, Alexandre Clemente Santana, catando papel. Mãe de cinco filhos, Maria conta que faz questão que eles estudem para que tenham uma vida diferente da dela e não passem pelas mesmas dificuldades. “Meus filhos estudam graças ao dinheiro do Bolsa Família, faço questão que todos freqüentem a escola para que tenham uma vida digna”, diz. Maria se emociona ao falar da mudança. Já perdeu muita coisa quando chovia e a água invadia sua casa. “Não tenho muita coisa para levar para a nova casa. Gosto muito de flores e quero fazer um jardim bem bonito. Esse é o melhor presente do Dia das Mães que já recebi em toda minha vida”, diz. “É assim que comemoramos os 43 anos da Cohapar: mudando a vida dos paranaenses que vivem em condições precárias e proporcionando vida digna a quem mais necessita da ajuda do governo”, declarou Greca. O presidente da Cohapar ainda afirmou que a Companhia vai continuar trabalhando em busca do lucro social, para que mais pessoas tenham a chance de melhorar de vida. “Estamos promovendo o resgate social dos paranaenses e estes conjuntos são a tradução do nosso lucro social. Este é o trabalho da Cohapar e o trabalho do Governo do Paraná”, concluiu.

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