Cohapar compartilha com universitários projetos para mananciais e resgate social

Foi durante a quarta palestra ministrada pelo presidente da Cohapar, Rafael Greca, nas universidades de Curitiba
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25/09/2008 - 16:10
Editoria
Estudantes, professores e coordenadores de vários cursos da Universidade Positivo se reuniram na quarta-feira (24) para conhecer os projetos de resgate social e salvação dos mananciais, coordenados pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em parceria com outros órgãos do Governo do Estado, para toda Região Metropolitana de Curitiba. Esta foi a quarta palestra ministrada pelo presidente da Cohapar, Rafael Greca, nas universidades de Curitiba sobre o tema. “A nossa região metropolitana precisa de consciência ambiental, como precisa de profissionais capacitados para usar a tradição de urbanismo de Curitiba como uma motivação para inovar. Fico muito feliz em compartilhar com a comunidade universitária as experiências dos projetos que estamos realizando no Guarituba (Piraquara), Campo Magro, Pinhais e Almirante Tamandaré”, ressaltou o presidente da Cohapar. Na terça-feira (23), foram os alunos de Engenharia Ambiental, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná que participaram da palestra durante a IV Jornada Acadêmica do curso sob o tema “Terra: Quem vai cuidar do nosso planeta?” O tema já foi discutido também na Universidade Federal do Paraná e Faculdades Integradas Espírita. Nos encontros com estudantes Greca falou sobre a experiência da Cohapar no desenvolvimento dos projetos contemplados com verbas do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal, e contrapartida do governo do Estado, que prevê o resgate social de famílias que vivem em áreas de risco e a recuperação dos rios que abastecem Curitiba e região. O presidente alertou sobre a necessidade dos gestores públicos desenvolverem projetos que contemplem ao mesmo tempo o meio ambiente e seres humanos. “A ecologia tem que ser humana, não pode ser só ambiental. Não há ambiente que não compreenda o ser humano. Não pode o Brasil ser só um horto florestal, não podem os engenheiros, ecólogos e promotores de meio ambiente defenderem só as tartarugas e os sapos. É preciso que defendam os pobres, os filhos da mulher e do homem”, alertou. “O que nos torna forte e humanos e herdeiros da natureza é a nossa capacidade de prestarmos atenção no ambiente humano, na correção do desenvolvimento humano e, a partir daí, sonharmos com o mundo que há de vir”, ensinou Rafael Greca. O coordenador de mestrado em Gestão Ambiental, Maurício Dziedzec, da Universidade Positivo, comentou que a palestra feita por Greca, foi muito esclarecedora. “É importante perceber que existe uma preocupação séria e efetiva do poder público com desenvolvimento sócio ambiental da Grande Curitiba. É uma responsabilidade de todos, e temos que participar para não sermos vítimas da nossa própria história”. Para a professora de Emergências Ambientais da PUC-PR, Patrícia Sottoriva, a iniciativa da Cohapar de envolver os alunos é de extrema importância, já que alia prática e teoria. “A vinda do Rafael Greca foi uma forma de aproximação e nós queremos envolver ainda mais a universidade, o nosso departamento e contribuir de alguma forma”, disse. Sobre o projeto de resgate social e salvação de mananciais, a professora avalia como positiva a atuação da Cohapar. “Isso é o que nós esperamos de uma gestão integrada e este projeto é agraciado já que, mesmo agindo localmente, pensa de uma maneira global. Gestão integrada pensa na parte dos mananciais, do tratamento da água, na coleta de resíduos, coleta seletiva. São projetos que contribuem para qualidade de vida esperada”, avaliou. “A palavra de ordem é integração, porque não podemos ter um sistema de gestão que pense de uma forma que não seja articulada com todo o processo. Através de políticas públicas que visem à recuperação dos rios vamos garantir água para a sobrevivência da população atual e da população futura. Estamos pensando em qualidade de vida”, enfatizou.

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