Cohapar capacita técnicos para implantação do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social

O levantamento das informações será acompanhado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes)
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29/07/2010 - 14:50
Editoria
Os técnicos da Cohapar que coordenarão o levantamento das necessidades e demanda habitacional em todo Estado estão em treinamento.A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) iniciou nesta quinta-feira (29) a primeira oficina de capacitação para técnicos das áreas social e de urbanismo, visando a implantação do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS) para 36 municípios que integram a Região Metropolitana de Curitiba e Litoral.
“É preciso realizar as ações em cima de um planejamento para efetivar as políticas públicas com fundamento nas realidades levantadas”, destacou o presidente da Cohapar, Everaldo Moreno. Serão realizadas 13 oficinas onde a Companhia possui os escritórios regionais que atingirão todos os 399 municípios do Paraná.
O Plano Estadual de Habitação de Interesse Social – PEHIS irá consolidar o planejamento da ação estadual referente à questão habitacional, a partir da elaboração do diagnóstico do setor habitacional e das carências de moradia nas diversas regiões do Estado. Serão estabelecidas as diretrizes, linhas programáticas, fontes de recursos, metas e indicadores, com o objetivo de promover o acesso à moradia digna no estado.
O levantamento das informações será acompanhado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), responsável pelo banco de dados e diagnóstico que serão utilizados para o mapeamento das necessidades habitacionais. Ao todo, sete técnicos estarão envolvidos na fundamentação dos dados levantados.
“O PEHIS vai oferecer subsídios para planejar as ações e a quantidade de recursos necessários para serem colocados à disposição da habitação, e verificar o tempo em será possível atender essa demanda diagnosticada”, explicou Moreno.
De acordo com o presidente da Cohapar, até pouco tempo atrás não havia ações públicas feitas com planejamento nem a nível federal, nem estadual ou municipal. “Hoje estamos vendo o início de uma nova cultura. É preciso entender que para dar atendimento a toda demanda tem que haver integração de política e de recursos tanto do governo federal como estadual e também dos municípios”, observou Moreno.
Ele alertou também que o município que não estiver empenhado na elaboração do levantamento da sua demanda pode ter suas necessidades prejudicadas. “É muito importante a participação dos técnicos e das prefeituras para que entendam a dimensão deste plano e que possam nos auxiliar com os números que serão utilizados como base do planejamento para suas demandas.
Para a presidente do Ipardes, Maria Lúcia Urban, participar de um trabalho de alcance social tão relevado é muito importante para o órgão. “Estar junto com a Cohapar nesse desafio é muito gratificante. O PEHIS tem um horizonte muito amplo e um planejamento de longo prazo. Com ele será possível identificar os problemas e quantificar as necessidade de recursos nas diferentes faixas de renda. De posse dessas informações, tanto o governo federal, estadual e prefeituras poderão pensar na locação de recursos que viabilizarão o atendimento das demandas habitacionais no Paraná”.
OFICINAS - A coordenadora do PEHIS, Bernadeth Dickow, da Cohapar, disse que ao todo serão realizadas 13 oficinas de capacitação, envolvendo todos os escritórios regionais da Companhia no Estado. Cada escritório vai acompanhar os levantamentos dos municípios na sua área de abrangência. “Assim, todos os municípios poderão realizar suas pesquisas. As cidades que já possuem seus planos, também nos trarão para que possamos compatibilizar as informações. As oficinas são eminentemente técnicas, onde estaremos orientando como conceituar cada dado levantado, o preenchimento dos formulários e os prazos de entrega”, informou.
“Será um detalhamento de informações que incluem não apenas moradias, mas os vazios urbanos, loteamentos irregulares, assentamentos precários, favelas, conjuntos habitacionais degradados. Todas essas informações darão origem a um mapa real da situação no estado, proporcionando um direcionamento correto e eficiente para uma política habitacional eficiente”, detalhou Bernadeth.

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