Cohapar capacita órgãos envolvidos nas obras do PAC de Pinhais, RMC

A Companhia começa a construir no município 747 casas e vai regularizar os terrenos de 906 famílias com recursos da ordem de R$ 39 milhões, já incluída a contrapartida do Estado de R$ 7,3 milhões
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24/02/2010 - 10:50
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A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) encerra nesta quarta-feira (24) o Seminário de Capacitação Técnica para a equipe que está atuando no PAC de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. No município, a Companhia começa a construir 747 casas e vai regularizar os terrenos de 906 famílias com recursos da ordem de R$ 39 milhões, já incluída a contrapartida do Estado de R$ 7,3 milhões.
O encontro técnico faz parte de uma das etapas da proposta metodológica do trabalho social e é um procedimento previsto pelo Ministério das Cidades nos projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O Seminário contou com representantes da Caixa Econômica Federal, Cohapar, Copel, Sanepar, Suderhsa, IAP, Comec e Mineropar.
Na abertura do encontro, o presidente da Cohapar, Rafael Greca, lembrou aos participantes a importância da realização do evento. “Graças aos esforços, dedicação e união de todos os agentes envolvidos nas obras do PAC de Campo Magro, Colombo e Piraquara para fazer avançar os projetos vemos canteiros de obras exemplares, com casas já entregues e obras avançadas, mesmo com as constantes chuvas dos últimos meses”.
Por isso, enfatizou Greca, “precisamos continuar neste mesmo caminho e nos dedicar a este seminário, que tem a proposta de reunir os envolvidos no processo para capacitar e nivelar as informações, para que todos tenham uma visão unificada do programa de Pinhais, o último dos PACs a ser iniciado”.
Greca explicou que a demora para o início das obras da Cohapar em Pinhais foi decorrente da adequação de investimentos necessária pela valorização das terras em Pinhais, onde as casas serão construídas. “A área onde vamos atuar é vizinha aos famosos condomínios Alphavile e Pinevile, o que gerou uma valorização extrema dos terrenos. Mas agora a Cohapar já está trabalhando e logo vamos ter as moradias levantadas”.
Com a verba adicional obtida pela Cohapar e pelo prefeito de Pinhais, Luiz Goulart, junto ao Ministério das Cidades e Caixa Ecoômica Federal, o projeto está pronto para beneficiar perto de 6,6 mil pessoas que vivem em áreas de risco e preservação ambiental às margens dos rios Palmital e Atuba, nas divisas de Curitiba com Pinhais.
A intervenção consiste em 747 novas casas, 906 regularizações de lotes para famílias nos bairros Vila União, Bonilauri, Tiradentes e Palmital, e recuperação ambiental das áreas de risco com parques beira-rio, no Palmital (457 mil m²) e no Atuba (105 mil m²).
O prefeito Luiz Goular acredita que a parceria com a Cohapar foi fundamental para que o projeto saísse do papel. “Tivemos todo o apoio da equipe da Cohapar, assim como da Caixa, e é por isso que vamos realizar este projeto com êxito”, afirmou. “Nossas famílias sofrem com alagamentos e pretendemos continuar com este empenho para melhorar a qualidade de vida de todos”, disse.
RMC - Greca explicou que com o crescimento das cidades a tendência é de que cada vez mais pessoas morem em áreas afastadas. “Precisamos lutar para que as famílias vivam em locais dignos, longe dos perigos das enchentes e do desmoronamento”, afirmou.
“Temos de sensibilizar a sociedade para a questão da habitação. Outra questão importante é a de que todos assumam a ideia da cidade sem fronteiras, pois não podemos segmentar o município com condomínios luxuosos de um lado e favelas de outro. A cidade é de todos, é necessário uma integração”, completou Greca.
O procurador de Justiça, Saint-Clair Honorato Santos, coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, afirmou que o Ministério Público tem uma constante preocupação com as ocupações irregulares da RMC. “Precisamos pensar um planejamento urbano adequado e este trabalho que está acontecendo em Pinhais é exemplar, pois busca dar dignidade às pessoas e ainda preserva o meio ambiente”.
O representante da Caixa, Márcio Makoto, disse que a realização do seminário é importante, pois permite que soluções conjuntas sejam criadas. “Tenho certeza de que esse evento será muito produtivo, pois estamos congregando as diversas áreas desenvolvidas no projeto e podemos, em conjunto, discutir os principais problemas e soluções”, destacou.

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