O programa de regularização fundiária Direito de Morar, da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), começa a ser implantado nesta segunda-feira (3) na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo. As famílias que vivem nas margens do rio Palmital e da BR-116 - onde haverá necessidade de relocação - serão cadastradas pelos técnicos da área social da Cohapar. As visitas domiciliares começam às 9 horas. O cadastramento das famílias deverá ser concluído até o dia 21 de maio e também servirá de referência para os demais órgãos do governo que forem definir metas e ações para a região. Posteriormente, a Cohapar poderá aproveitar a mão-de-obra local para os trabalhos de construção, favorecendo a geração de mais empregos. A licença ambiental para que a Cohapar pudesse atuar na área foi concedida previamente pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), e a licença definitiva sai em dois meses. A área já foi desapropriada pelo governador Roberto Requião e as negociações junto aos proprietários da área está sendo realizada pela Cohapar. "As obras devem começar brevemente, assim que todas as etapas sejam superadas", diz o presidente da Cohapar, Luiz Claudio Romanelli. De acordo com Romanelli, o cadastro favorecerá a elaboração e planejamento das ações e intervenções que vamos realizar na área. "Através dele, poderemos fazer um mapeamento completo tanto do ponto de vista urbano como social. É fundamental definir como irão viver as famílias", explica. Segundo ele, a Vila Zumbi representa um grande desafio a ser enfrentado, já que é uma das maiores ocupações irregulares que existe na Região Metropolitana de Curitiba. O programa Direito de Morar já está em andamento nos municípios de Paranaguá, Matinhos, Pinhais e agora, em Colombo. Ele prevê a regularização fundiária, urbanização e, em caso de necessidade, relocação. Para a implantação do programa na Vila Zumbi, serão investidos de R$ 15 milhões. O presidente da Associação Recreativa e Esportiva Zumbi dos Palmares, José Pires dos Santos, disse que há 13 anos o povo da Vila vem lutando para regularizar a área. Para ele, muitas promessas foram feitas, mas só agora acredita que as reivindicações serão atendidas. "É um sonho que começa a ser realizado. Esse programa vai melhorar a vida de todos nós. Por estarmos em área de ocupação, os órgãos públicos municipal e estadual não nos atendiam. Daqui para frente seremos tratados como cidadãos", afirma Santos. O presidente do Conselho de Regularização da Vila, José Carlos da Silva, manifestou sua esperança no governo do Paraná. Segundo ele, o que foi prometido vem sendo cumprido. "É a primeira vez que alguém se interessa realmente em ajudar nossa gente. Estou muito feliz e cheio de otimismo", conclui.