Cohapar assina convênio para construir mais casas quilombolas em Campo Largo

Convênio vai construir 20 residências na comunidade de Palmital dos Pretos, existente há mais de 200 anos
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26/02/2010 - 12:30
Editoria
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, e o prefeito de Campo Largo, Edson Basso, assinaram quinta-feira (25) convênio para a construção de 20 casas na comunidade remanescente do quilombo Palmital dos Pretos, instalado no município há mais de 200 anos. As novas moradias serão edificadas no mesmo local onde os quilombolas moram em condições precárias. O convênio já foi autorizado pelo governador Roberto Requião
Além destas moradias, a Cohapar já trabalha em Adrianópolis, no Vale do Ribeira, na construção de 76 casas, em seis comunidades: Sete Barras, (19 casas), Córrego das Moças (10 casas), Bairro do Roque (nove casas), Porto Velho (13 casas), Praia do Peixe (três casas), João Surá (22).
“Trata-se de um resgate social que começará a ser empreendido pela Cohapar, dentro do que nos determina o governador Requião, que é valorizar e resgatar as populações quilombolas. Vamos requalificar urbanamente os locais onde estas famílias, descendentes dos escravos, vivem e dar dignidade a elas”, destacou Rafael Greca.
Para o prefeito, as famílias quilombolas hoje estão vivendo em situação bastante precária. “É somente através deste convênio que vamos ajudar a melhorar a vida destas pessoas. As casas da Cohapar são boas e vão trazer muita dignidade a estas famílias”, afirmou.
SELEÇÃO - A seleção das famílias foi feita pelo departamento social da Cohapar e pelo grupo de trabalho Clóvis Moura – responsável, no Governo do Paraná, pela execução de políticas públicas dedicadas aos descendentes de escravos. Ainda segundo o presidente da Cohapar, a parceria com a Fundação Clóvis Moura é fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho. “A Fundação nos dá todo o apoio necessário para que as comunidades sejam atendidas da melhor maneira possível”, disse Greca.
Todas as casas têm 52 metros quadrados, com projeto arquitetônico que respeita as tradições quilombolas. A cozinha fica na área externa, mas será ligada à casa pelo telhado na área de circulação, pois eles não misturam o sangue das carnes com o lugar onde vivem.
As compras de material de construção e contratação de mão de obra são feitas por meio da Associação dos Moradores da região. A Cohapar é responsável pelo repasse de recursos, projeto arquitetônico, fiscalização e controle de qualidade das obras.

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