Cohapar anuncia início das obras de 388 casas em Campo Magro

Para a urbanização de favelas das microbacias dos rios Passaúna e Ribeirão Bambeca, em Campo Magro, a Cohapar e a Caixa investem, por meio do PAC, R$ 13.244 milhões
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28/04/2009 - 15:20
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Com a terraplenagem concluída, a Cohapar começou nesta terça-feira (28) a construir as primeiras das 388 casas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba. O anúncio foi feito na segunda-feira (27) pelo presidente da Companhia, Rafael Greca, durante encontro que reuniu mais de 500 pessoas no Ginásio de Esportes do Colégio Estadual Jardim Boa Vista, onde serão feitas as obras. Greca disse que nesta primeira etapa das obras serão construídas 54 moradias pela construtora CN Menezes Engenharia Ltda, no valor de R$ 1.395,421 milhão. As casas vão abrigar os moradores do Jardim Boa Vista e Jardim Cecília, que vivem na beira e próximo às áreas de risco de enchentes dos afluentes do Rio Passaúna, chamado de Rio Babeca. Para a urbanização de favelas das microbacias dos rios Passaúna e Ribeirão Bambeca, em Campo Magro, a Cohapar e a Caixa investem R$ 13.244 milhões. “Vamos tirar desses locais 388 famílias, que vão se mudar para as novas casas, em áreas seguras e ambientalmente corretas desta mesma região, desapropriadas e adquiridas pelo Governo do Estado”, disse Greca. De acordo com Greca, as áreas ocupadas irregularmente serão transformadas em quatro parques. O Parque Portal do Passaúna, na rua Minas Gerais, terá 16 mil metros quadrados. Na rua Mato Grosso haverá outro parque, com 8 mil metros quadrados. Um outro com 11 mil metros quadrados, na rua Violetas, e mais um com 10 mil metros quadrados, na rua Topázio. “Além disso, vamos ter na área de intervenção da rua Ágata, com 4.744 metros quadrados. Essa região vai ficar muito bonita, pois onde havia buracos, vamos construir parques”, explicou o presidente da Cohapar. Ainda segundo Greca, as 388 casas serão construídas em alvenaria, telhas de cerâmica, material de primeira, com 40 metros quadrados, azulejos em projetos arquitetônicos diferenciados na forma geminadas, sobrados e lotes isolados. “Todas as casas terão rede de água, esgoto, energia, galerias de drenagem, pavimentação, paisagismo. As casas ficarão num bairro novo, bem organizadas. Se tudo correr bem, na véspera do Natal vocês vão poder se mudar para as novas casas”, garantiu Greca Para o prefeito José Antonio Pase, esse encontro foi muito importante para esclarecer a população sobre o andamento das obras. “As famílias que serão realocadas das áreas de risco vão poder viver num local adequado e digno, porque esse é o sonho de cada pai, cada mãe de família. Essa esperança está se realizando a partir de hoje, com o lançamento das primeiras construções”, destacou o prefeito. ESPERANÇA – A moradora da rua Mato Grosso, no Jardim boa Vista, Jucilene dos Santos, 23 anos, está feliz com a mudança. Ela vai para a área de intervenção da rua Boca de Leão. “Gostei muito de saber que vamos para um lugar melhor. Esse é um programa maravilhoso que vai ajudar as pessoas de baixa renda, como é nosso caso. Nós não temos como comprar um terreno, muito menos construir. Estou muito feliz em poder ir para um lugar seguro”. Também moradora da rua Mato Grosso, Débora Proença, 30 anos, trabalha como cozinheira e vive com o filho de 12 anos. “Onde moro é muito ruim, mas não tenho condição de viver num lugar melhor, pagando aluguel. Agora estou cheia de esperança em ter uma casa boa para morar e viver com meu filho, e vou pagar pouco por uma coisa que vai ser minha para o resto da vida. Sinto como se minha vida fosse ter um novo começo”. O trabalhador autônomo Daniel Proença, 28 anos, casado, morador no Jardim Cecília, também vai se mudar para uma das áreas de reassentamento. O barraco onde vive fica muito abaixo do nível da rua, com esgoto a céu aberto. “Quando chove inunda a casa”, conta. “Nossa, nunca imaginei viver um momento como este. Quando a gente escolhe morar num lugar assim, é por falta de opção. O que o governo está fazendo aqui é humano. Mostra a sensibilidade que ele tem com os que mais precisam”, comentou Daniel.

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