Cohapar anuncia a construção de 165 novas casas para Castro


O anuncio foi feito pelo presidente da Companhia de Habitação do Paraná, Rafael Greca, na última sexta-feira (26) à noite, no Teatro Mussurunga, em Castro, durante palestra sobre o desenvolvimento do turismo na região dos Campos Gerais
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27/09/2008 - 15:25
Editoria
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, anunciou a construção de 165 casas para família de baixa renda no município de Castro, durante palestra que proferiu na noite desta sexta-feira (26), no Teatro Mussurunga, naquela cidade dos Campos Gerais. As casas serão pagas em seis anos a um custo médio de R$ 50,00 por mês, porque são financiadas pelo governo para famílias mais pobres, através dos programas de desfavelamento. “O projeto dessas casas está condicionado a aprovação do orçamento de 2009, mas mais do que isso, há também a possibilidade de se construir casas para os quilombolas, da região do Socavão, onde existe uma comunidade expressiva. As casas serão construídas pela Cohapar antes do final deste governo”, garantiu. Segundo ele, as casas quilombolas têm desenho próprio, típico da cultura negra, enquanto que as casas populares normais terão o desenho característico da imigração e vão ornar com a paisagem dos Campos Gerais. “A Cohapar já construiu em Castro 60 casas em dois conjuntos, além de algumas para família rural e casas do zelador escolar”, explicou. A IV Semana do Turismo em Castro é promovida pela Superintendência da Indústria Comércio e Turismo da prefeitura, com a finalidade de conscientizar a população da importância histórica da cidade. A técnica em turismo Adriana Schendroski, da prefeitura, disse que a decisão de convidar Rafael Greca para a abertura do evento deve-se ao fato “dele, além de ter sido ministro da pasta, tem um profundo conhecimento da história do Paraná e um grande amor por nossa cidade”, disse. Desenvolvimento sustentável – “Castro está no meio de uma das regiões mais lindas do Brasil. Os campos gerais são de infinita beleza, vocês podem se orgulhar deles”, salientou Greca, ao destacar que a cidade tem uma vocação para o turismo ecológico, histórico, religioso, cultural e de negócios ou dos agronegócios. “As cooperativas de vocês são áreas de grande excelência técnica. Aqui acontecem encontros de queijeiros, leiteiros e de criadores de gado, que bem define o nicho de mercado para o turismo de Castro”, justificou. Para ele, o município necessita de empresários jovens, com mentalidade turística para aumentar sua participação na história econômica do Paraná do futuro. “Afinal, para cada emprego gerado na indústria, o turismo gera outros dez. O turismo é uma fonte de emprego, renda e de desenvolvimento sustentável”. “Essa cidade tem potencial para explorar o turismo ecológico dos ‘panelões’ que se formam o rio Iapó, uma das maravilhas esculpidas pela natureza. “Quem não gostaria de vir a um lugar como este e ver a manhã de serração ou uma geada, para se sentir como nos campos europeus ou conhecer a casa do imigrante, a pousada com mesa farta, tomar o chimarrão ao pé do fogo, comer o pinhão assado na brasa, o pão com banha aquecido na chapa do fogão a lenha”, recordou Greca. Turismo histórico – Este é um outro nicho a ser aproveitado, com a reedição das tropeadas, nas antigas trilhas abertas pelos antepassados e que os atuais proprietários das fazendas ainda conservam. “Os turistas podem ser convidados a percorrer caminhos a cavalo. Na Itália, há um trilha que liga Roma a cidade de Veneza, onde o percurso é feito em carruagem e a cavalo. Porque não podemos fazer isso nos espaços dos antigos caminhos dos tropeiros?”, questiona. No encerramento da palestra, o presidente da Cohapar recebeu de Joel Lourenço, um pesquisador da memória indígena de Castro, uma peça de pano com um traçado desenhado, chamado Frottage. “Essa peça mostra a idéia de uma marca que há nas pedras de Castro, junto com pegadas de dinossauros, que sinaliza o caminho de Peabiru no Paraná. A marca contém uma projeção de constelações celestes em cima das pedras, como sendo um dos primeiros sinais da presença humana no nosso território”, explicou.

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