Codesul propõe atuação integrada no acompanhamento de epidemias

Os governadores do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) propuseram nesta quarta-feira (08) o monitoramento de epidemias nas regiões de fronteira. A principal preocupação dos dirigentes é o alastramento epidêmico do vírus H1N1, da Leishmaniose Visceral e da Febre Amarela na região Sul.
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08/07/2009 - 17:00
O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) propôs nesta quarta-feira (08), durante reunião de governadores em Florianópolis, a atuação integrada entre o Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, no acompanhamento de epidemias nas regiões de fronteira. A principal preocupação dos dirigentes é o alastramento epidêmico do vírus H1N1, da Leishmaniose Visceral e da Febre Amarela na região Sul. De acordo com o governador Roberto Requião, o assunto será discutido com os governos da Argentina e Paraguai. “É importante o acompanhamento dos casos e a criação de um sistema de monitoramento destas doenças. Os nossos secretários vão se reunir para encontrar novas soluções para combater a influenza A, junto ao Paraguai e Argentina. Está aí mais um exemplo de integração”, afirmou. “Barragens sanitárias em aeroportos não são suficientes para o controle de epidemias. No Paraná temos muitas iniciativas com o Paraguai e a Argentina no sentido de discutir soluções conjuntas para este tipo de problema. Vamos determinar um monitoramento conjunto do assunto. A Comissão Permanente de Saúde irá se reunir com dirigentes dos países vizinhos na próxima quarta-feira (15) para discutir o assunto”, determinou Requião. O secretário de estado da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, explicou que o controle de doenças é frágil na região fronteiriça. “Há muita desinformação e falta de protocolos na fronteira, principalmente no Paraguai. No Rio Grande passam diariamente no estado cerca de 20 mil caminhões provindos da Argentina. É preciso estabelecer um padrão de ação nos estados do Sul. Protocolos que estabeleçam padrões de atendimento em todas as áreas”, afirmou. Terra sugeriu a criação de um sistema de observação e controle de doenças, com equipes permanentes em todos os estados brasileiros e países da América Latina. “É fundamental a troca de informações e tecnologia entre as regiões. Os exames médicos especializados estão concentrados nas grandes metrópoles. É preciso descentralizar o atendimento”, destacou. “Como somos estados de fronteira com outros países, questões que tratam de saúde pública ganham ainda mais importância. A dimensão que a influenza A pode tomar é muito preocupante, daí a nossa preocupação com o assunto. Temos que estudar formas de controle epidêmico. Tivemos casos de febre amarela no Rio Grande do Sul, além de casos de Leishmaniose. São doenças que podem ser evitadas com uma atuação integrada, buscando a informação e a educação da população”, destacou a governadora Yeda Crusius (RS).

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