Clima chuvoso e quente favorece proliferação do mosquito da dengue

Quem for viajar deve tomar cuidados em casa, como limpar o quintal, esvaziar e cobrir piscinas e vedar caixas de água
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17/12/2010 - 16:18
Editoria
O calor e as chuvas, típicos do verão, que começa na terça-feira (21), são propícios para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, o que aumenta o risco de transmissão da dengue. “Os cuidados devem ser redobrados nesta época do ano. Qualquer recipiente exposto pode se tornar criadouro do inseto transmissor”, alerta o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior.
Muitas pessoas passam a temporada inteira longe de casa e, por isso, antes de viajar é importante que as pessoas limpem seus quintais, cubram ou esvaziem as piscinas e verifiquem se a caixa de água está vedada. “Essas medidas evitam problemas com a vizinhança e com as vigilâncias sanitárias municipais, responsáveis pela fiscalização”, orienta o superintendente de Vigilância em Saúde, José Lúcio dos Santos.
O combate à dengue deve ser feito em todos os lugares. Jogar lixo nas estradas além de ser infração de trânsito, contribui para a proliferação do mosquito, e consequentemente para o aumento de casos da doença. “Precisamos do apoio da população. Uma simples tampinha de garrafa deixada ao ar livre pode acumular a água da chuva e se tornar criadouro do inseto”, completa a coordenadora do Programa Estadual de Combate à Dengue, Márcia Gil Aldenucci.
NÚMEROS – A Secretaria de Saúde divulgou, quinta-feira (16), os novos números da dengue no Estado. De acordo com o levantamento, foram confirmados 33.056 casos, sendo 32.201 casos autóctones (casos cuja infecção ocorreu no Paraná), e 855 casos importados, de 63.921 casos notificados suspeitos de dengue.
Segundo o técnico da coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue, Ronaldo Trevisan, a variação no número de casos confirmados se deve principalmente à atualização dos dados de vários municípios. Ele esclarece ainda que a diferença nos casos confirmados importados divulgados neste boletim em relação ao anterior se deve à investigação minuciosa feita pelos municípios e a conclusão de que se tratavam de casos autóctones.
Neste ano foram registrados 62 casos de febre hemorrágica e 118 casos de dengue com complicação. 15 pessoas morreram. A regional de saúde de Foz do Iguaçu (9ªRS) foi a que apresentou mais casos autóctones, 10.949, seguida das regionais de Maringá (15ªRS), 9.064, e Londrina (17ªRS), com 3.376.