A Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) refugou nesta quarta-feira (27) dois caminhões carregados com soja podre no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá. Os técnicos da Claspar descobriram a possível fraude durante a classificação obrigatória dos grãos.
Os dois caminhões transportavam juntos 53 toneladas de soja. “Colhemos amostras da carga e verificamos que ela tem excesso de impurezas e está misturada com produtos avariados. Como desconfiamos que existe possibilidade de fraude, avisamos a polícia”, explica o gerente da Claspar em Paranaguá, César Elias Simão.
A delegada de polícia Maria Joseléia Pigozzi disse que os donos da carga refugada vão responder pelo crime de estelionato, por informarem em nota fiscal que estavam transportando soja limpa quanto levavam carga adulterada e impura. O Ministério da Agricultura foi comunicado da apreensão e irá definir o destino da soja contaminada.
Graças ao controle de qualidade dos grãos exportados, implantado em 2003, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) conseguiu zerar as reclamações de importadores internacionais sobre problemas com a qualidade e o peso dos produtos.
A Claspar vistoria todos os caminhões e trens carregados com soja, milho, sorgo, trigo, farelos e óleo de soja — refinado e degomado — que chegam a Paranaguá. Os técnicos avaliam o grau de impureza e, quando não há problemas, atestam que o produto segue os padrões de qualidade exigidos para exportação.
Claspar retém 53 toneladas de soja adulterada por suspeita de fraude
Donos da carga refugada vão responder por estelionato; Ministério da Agricultura decidirá destino da soja apreendida
Publicação
27/08/2008 - 16:10
27/08/2008 - 16:10
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