Se depender da experiência dos atletas curitibanos, a equipe brasileira de natação terá muitas medalhas nos Jogos Parapan-americanos, que começam neste domingo (12) e vão até 19 de agosto, no Rio de Janeiro. Moisés Batista, Fabiano Machado e José Afonso Medeiros são veteranos em disputas e grandes colecionadores de medalhas. Outro paranaense na competição é o londrinense Francisco Martins, também veterano, porém menos experiente.
Fabiano e Moisés vão disputar o terceiro Parapan. Nos dois primeiros, Fabiano conseguiu 13 medalhas: seis na Cidade do México em 1999 e sete em Mar del Plata, na Argentina, em 2003. Foram seis medalhas de ouro (três em cada competição), cinco de prata e duas de bronze. Ele conquistou um bronze também na Para-olimpíada de 2000 em Sidney, nos 4 x 100m livre. Em Atenas, não ganhou medalha.
Com 32 anos de idade, Fabiano diz que a experiência também aumenta a responsabilidade. “A cada competição fica mais difícil, porque surgem concorrentes mais jovens. A tendência agora não é ganhar tantas medalhas, mas o objetivo é baixar os meus tempos”, afirma o atleta, que tem mais chances de medalhas no revezamento 4 x 100m e nos 100 e 400m livre.
Além dessas provas, Fabiano participa dos 50m livre e 100m costas. “Nos 50m vai depender muito do dia. Se acordar meio travado não dá. É uma prova curta. Tudo pode acontecer. Será também no último dia de competição e a tendência é já estar meio cansado. Já nos 100m costa, só por milagre, mas como tenho fé não desisto”, diz. Os melhores índices de Fabiano são nos 100m no Pan e nos 400m no Mundial.
Disputando o terceiro Parapan, o maior objetivo de Moisés Domingues Batista, de 30 anos, é conseguir índice para a sua segunda Para-olimpíada, no ano que vem, em Pequim. Em Atenas, sua melhor marca foi um 10.º lugar nos 150m medley. “Tenho índices nos 50m costas (49”) e 150m medley (3'05”). Mas preciso ir bem para conseguir maior número de vagas para o País. O objetivo é conseguir também melhores marcas”, diz.
Moisés compete desde 1994. Em 1996 foi campeão brasileiro em três provas (50 metros livre, 50 costas e 100 livre) e nunca mais deixou de subir no pódio. Em 1997 fez a primeira competição internacional, no Campeonato Mundial Stock Mandeville, na Inglaterra. Conquistou três medalhas de ouro, nos 50 e 100m livre e nos 50m costas. Nos dois primeiros Parapan, Moisés conquistou duas medalhas de bronze, ambas em 2003, nos 50m peito e 150m medley. No Rio participará dessas provas e também dos 50m costas e livre. A sua primeira prova será nos 50m livre. “A meta é nadar bem para entrar no revezamento 4 x 50m.”
José Afonso Medeiros (Caco) tem 40 anos de idade e competiu nos Jogos Paradesportivos do Pan-americano pela primeira vez em 1990, em Caracas, conquistando 11 medalhas (seis de ouro, três de prata e duas de bronze). Em 1992 ele disputou a Para-olimpíadas de Barcelona, conseguindo um sexto, um sétimo e um oitavo lugar. O primeiro grande feito de Caco foi no Mundial de Malta, em 1994, quando foi ouro nos 50m borboleta e recordista mundial da prova, com o tempo de 33”33. Dois anos depois, na Para-olimpíadas de Atlanta, ganhou o ouro nos 50m borboleta.
Após uma parada, Caco voltou a competir em 2000, mas não conseguiu a classificação para Sidney. Já em Atenas, em 2004, foi 8.º nos 400m livre e 9.º nos 50m borboleta. No Parapan do Rio, vai competir nos 50 m borboleta e 50, 100 e 400m livre. “Dá para fazer medalhas nos 400 e 50 borboleta. Está mais difícil, a idade vai chegando”, afirma. Outro objetivo de Caco é o índice para a Para-olimpíada de Pequim.