O projeto Segundo Tempo, do governo federal, que proporciona a iniciação no esporte no contra-turno escolar nas escolas públicas, tem uma parceria com o Governo do Paraná e que está sendo observada pela China, país promotor da próxima olimpíada, a de Pequim, em agosto. É o projeto Surfe na Escola, promovido pela Secretaria de Estado da Educação, Paraná Esporte e Prefeitura de Matinhos. O elo desse contato além-mar é o surfista paranaense Serginho Laus, especialista na navegação em pororocas e que busca mais um desafio, agora em território chinês. Numa das reuniões para tratar da nova expedição, esteve em Matinhos o diretor administrativo de esportes aquáticos da China, Wei Xing, para conhecer o Surfe na Escola, que está revelando surfistas no litoral do Estado. Matinhos é o local também onde Serginho treina. Em Matinhos, 600 crianças participam do projeto Segundo Tempo, porém, especificamente do Surf na Escola, são 200 alunos, da Escola Municipal Monteiro Lobato. “Esse é o número mínimo, mas sempre atendemos mais, todos aqueles que nos procuram”, garante o coordenador do projeto pela Federação Paranaense de Surfe, Antônio Barbosa Maninho. Os outros 400 alunos atendidos no município praticam outras modalidades, na Escola Estadual Tereza da Silva Ramos e no Colégio Estadual Gabriel de Lara. A convite do governo chinês, Serginho Laus vai desbravar a pororoca chinesa Black Dragon, no Rio Quintang, em setembro. “No fim de julho vamos para a China fazer o primeiro planejamento da exploração. Estarei coordenando este evento representando o Brasil em mais um desafio internacional”, anima-se Serginho Laus. Um dos desafios internacionais de Serginho foi a conquista da onda mais longa da Europa, a Mascaret, no Rio Dordogne, em Bordeaux, na região sul da França, em 2004. Foi o primeiro brasileiro a desbravar a pororoca francesa. O maior feito de Serginho, entretanto, é doméstico: ele é o recordista com registro no Guinness Book (livro dos recordes) na navegação da onda mais longa do mundo, de 10,1 quilômetros, no Rio Araguari, no Amapá, com o tempo de 33 minutos e 15 segundos. A marca foi conseguida em 2005.