A cesta nutricional do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) para pessoas residentes em Curitiba subiu 5,35%, em março, e foi orçada em R$ 455,64. Este foi o maior índice registrado. Em um ano a cesta aumentou 8,4%, enquanto a inflação para o mesmo período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor, foi de 4,52%.
A cesta do Ipardes é composta por 33 produtos que buscam suprir as necessidades nutricionais mínimas para uma família (dois adultos, um adolescente e uma criança) no período de um mês. Ela foi desenvolvida junto com o Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná e leva em consideração os hábitos alimentares dos curitibanos.
Os produtos com as maiores altas em março frente a fevereiro foram: o tomate (75,16%) e o repolho (46,43%). Na análise anual, destacaram-se os aumentos em alho (97,45%), repolho (79,37%), sal refinado (72,67%), alface (68,93%), cebola (56,68%), açúcar refinado (53,93%), batata inglesa (52,70%) e laranja-pera (24,37%). Com queda, a diminuição de preço do feijão (-38,80%) foi a mais significativa.
FATORES – A sazonalidade, que são movimentos periódicos provocados pelas condições climáticas e calendário de safras ou institucionais, como o Natal, explica o movimento de preço da maioria dos produtos que compõem a cesta nutricional do Ipardes. A cotação internacional das commodities nas bolsas de valores, em especial, Nova Iorque e Londres, e as condições de consumo no exterior também impactam os preços.
Dentre os produtos que compõem a Cesta Nutricional do Ipardes, foi possível verificar influências externas no açúcar, no feijão e no alho. O coordenador de pesquisas periódicas do Ipardes, Gino Schlesinger, explica que o constante aumento nos preços do açúcar refinado tem relação com a quebra da safra de cana-de-açúcar, matéria-prima do açúcar, na Índia (o segundo maior produtor mundial).
“Na safra 2007/2008 a Índia representava 17% da produção mundial e o Brasil 19%, na safra seguinte a Índia passou a representar 11% da produção mundial e o Brasil 22%. Com a retração da oferta, o mercado ficou desabastecido e os preços dispararam”, afirmou Schlesinger.
O preço médio da tonelada exportada pelo Brasil, em 2009, teve aumento em 23%. As previsões são de uma recuperação da Índia e, segundo projeções do Comitê Australiano de Agricultura e Recursos Econômicos (Abare), aumento da produção mundial de açúcar. Porém, no caso do Brasil, a produção do açúcar está condicionada ao mercado do etanol que está alinhado às expectativas do preço do petróleo.
FEIJÃO – No caso do feijão, em 2009 ocorreu uma super safra motivada pelos preços recordes alcançado pelo produto no ano de 2008 em nível mundial. “O grande volume de produção de feijão teve implicações no mercado interno do produto, inclusive com o agravante de lotação dos armazéns no Paraná”, observou Schlesinger.
Segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, a saca do feijão de cor, em fevereiro de 2009, era comercializada a R$ 64,45 e, em fevereiro de 2010, foi de R$ 46,01, o que representou redução de 29%.
Quanto ao alho, o preço desse produto variou de acordo com a cotação do dólar e das condições de oferta e demanda internacional, pelo fato de que o Brasil não é autossuficiente e depende das importações da China e Argentina.
A China, segundo dados da FAO é o maior produtor de alho do mundo, respondendo por cerca de 75% da produção mundial. Ao longo do ano de 2009, houve excesso de demanda local para o alho, gerando um aumento dos preços. A causa dessa procura na China, conforme agências internacionais de notícia, está associada à recomendação médica internacional do consumo de alho como uma solução adequada e natural ao combate da gripe A.
A cesta do Ipardes é composta por 33 produtos que buscam suprir as necessidades nutricionais mínimas para uma família (dois adultos, um adolescente e uma criança) no período de um mês. Ela foi desenvolvida junto com o Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná e leva em consideração os hábitos alimentares dos curitibanos.
Os produtos com as maiores altas em março frente a fevereiro foram: o tomate (75,16%) e o repolho (46,43%). Na análise anual, destacaram-se os aumentos em alho (97,45%), repolho (79,37%), sal refinado (72,67%), alface (68,93%), cebola (56,68%), açúcar refinado (53,93%), batata inglesa (52,70%) e laranja-pera (24,37%). Com queda, a diminuição de preço do feijão (-38,80%) foi a mais significativa.
FATORES – A sazonalidade, que são movimentos periódicos provocados pelas condições climáticas e calendário de safras ou institucionais, como o Natal, explica o movimento de preço da maioria dos produtos que compõem a cesta nutricional do Ipardes. A cotação internacional das commodities nas bolsas de valores, em especial, Nova Iorque e Londres, e as condições de consumo no exterior também impactam os preços.
Dentre os produtos que compõem a Cesta Nutricional do Ipardes, foi possível verificar influências externas no açúcar, no feijão e no alho. O coordenador de pesquisas periódicas do Ipardes, Gino Schlesinger, explica que o constante aumento nos preços do açúcar refinado tem relação com a quebra da safra de cana-de-açúcar, matéria-prima do açúcar, na Índia (o segundo maior produtor mundial).
“Na safra 2007/2008 a Índia representava 17% da produção mundial e o Brasil 19%, na safra seguinte a Índia passou a representar 11% da produção mundial e o Brasil 22%. Com a retração da oferta, o mercado ficou desabastecido e os preços dispararam”, afirmou Schlesinger.
O preço médio da tonelada exportada pelo Brasil, em 2009, teve aumento em 23%. As previsões são de uma recuperação da Índia e, segundo projeções do Comitê Australiano de Agricultura e Recursos Econômicos (Abare), aumento da produção mundial de açúcar. Porém, no caso do Brasil, a produção do açúcar está condicionada ao mercado do etanol que está alinhado às expectativas do preço do petróleo.
FEIJÃO – No caso do feijão, em 2009 ocorreu uma super safra motivada pelos preços recordes alcançado pelo produto no ano de 2008 em nível mundial. “O grande volume de produção de feijão teve implicações no mercado interno do produto, inclusive com o agravante de lotação dos armazéns no Paraná”, observou Schlesinger.
Segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, a saca do feijão de cor, em fevereiro de 2009, era comercializada a R$ 64,45 e, em fevereiro de 2010, foi de R$ 46,01, o que representou redução de 29%.
Quanto ao alho, o preço desse produto variou de acordo com a cotação do dólar e das condições de oferta e demanda internacional, pelo fato de que o Brasil não é autossuficiente e depende das importações da China e Argentina.
A China, segundo dados da FAO é o maior produtor de alho do mundo, respondendo por cerca de 75% da produção mundial. Ao longo do ano de 2009, houve excesso de demanda local para o alho, gerando um aumento dos preços. A causa dessa procura na China, conforme agências internacionais de notícia, está associada à recomendação médica internacional do consumo de alho como uma solução adequada e natural ao combate da gripe A.