A Secretaria da Criança e da Juventude, a Secretaria de Obras Públicas e a Prefeitura de Maringá devem inaugurar até o segundo semestre deste ano o Centro de Socioeducação de Maringá, que atenderá 70 adolescentes em conflito com a lei. O espaço vai reunir os elementos básicos da vida em sociedade, como escola, trabalho, esporte e lazer, facilitando a aprendizagem educacional e o convívio em sociedade. Os jovens serão abrigados em casas modulares, em pequenos grupos de até 10 internos, separados por idade, compleição física e grau de delito. Com essa mesma proposta, outros três centros de socioeducação já foram entregues no Paraná, atendendo as regiões de Cascavel, Laranjeiras do Sul e Ponta Grossa. Cada centro conta com sete casas de alojamentos, salas de aula, espaço para oficinas, ginásio poliesportivo, área para cultivo, espaço ecumênico, área para visitação e espaço para atendimento médico e odontológico. A obra é construída em uma área de 20 mil metros quadrados, próxima ao Aeroporto Regional Sílvio Name Junior, e deverá custar aproximadamente R$ 6,8 milhões. Ao todo, o Paraná possui 18 centros de socioeducação e capacidade de atendimento para 900 adolescentes. REFERÊNCIA – O coordenador da Área Sócioeducativo da Secretaria da Criança e da Juventude, Roberto Bassan Peixoto, destacou a importância da construção da unidade em Maringá. “O centro será referência na região, para que futuramente esses adolescentes possam voltar à sociedade de cabeça erguida e procurar um trabalho. Antes, eles eram mandados para cidades como Londrina e Curitiba, agora, além da assistência que receberão, terão a família por perto, o que, sem dúvida, ajuda na recuperação do infrator”, destacou Peixoto. De acordo com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), Everaldo Belo Moreno, a unidade é importante para a cidade. “Existe grande número de menores envolvidos com ações criminosas na cidade e não tínhamos um local adequado para encaminhá-los, de acordo com as exigências da lei”, afirmou Moreno. Segundo comentou, com o Centro, haverá condições de dar o tratamento penal e socioeducativo adequado aos adolescentes, realizando trabalho de recuperação, para que eles possam voltar a viver em sociedade PLANO – A proposta de construção dos novos Centros de Socioeducação surgiu da necessidade de criar espaços adequados que pudessem comportar as atividades previstas no plano de atendimento personalizado, uma metodologia que passou a ser usada no atendimento aos adolescentes em conflito com a lei a partir de 2004. Ainda de acordo com Peixoto, o objetivo desses centros é trabalhar com a reabilitação e não com a punição, mantendo assim os adolescentes num espaço mais livre e aberto. Lá, eles participarão de diferentes atividades educacionais, profissionalizantes e de lazer. Além disso, o plano personalizado permite que eles opinem sobre os trabalhos realizados, incentivando o protagonismo juvenil e fortalecendo a auto-estima, o que, sem dúvida, ajuda no processo de socialização.