O Centro de Processamento e Armazenamento de Dados (Datacenter) da Companhia de Informática do Paraná (Celepar) recebeu o servidor de número 400. Com esta marca a empresa consolida sua posição entre as maiores empresas públicas de tecnologia de informação e comunicação do país, só perdendo para as estatais de São Paulo (Prodesp) e do Rio Grande do Sul (Procergs). “Chegamos a esse patamar graças a uma posição clara e inequívoca do governador Requião, que não mediu esforços para fortalecer a empresa pública em contraposição à tendência privatista do governo anterior”, disse o secretário de Assuntos Estratégicos e presidente da Celepar, Nizan Pereira. Para atender com qualidade os serviços de hospedagem e processamento de informações, a Celepar conta com três ambientes de Datacenter, que além dos 400 servidores hospedam seis unidades de equipamentos para armazenamento externo de grande quantidade de dados (storages), um servidor de grande porte para processamento (mainframe) e vários outros ativos de rede que fazem parte da infra-estrutura da empresa. Entre as vantagens aferidas pelos clientes que hospedam seus sistemas na Celepar, a empresa oferece energia elétrica ininterrupta, refrigeração adequada, prevenção e combate a incêndios, segurança física de acesso e monitoramento, além de sistema de correção de falhas em tempo integral. O monitoramento é feito por uma sala de controle, responsável pela observação em tempo real da disponibilidade dos servidores e dos serviços prestados. Segundo Altamir Brunn, coordenador da Divisão de Operações da Celepar, para a preservação dos dados são realizados em média 1.150 backups diários com um volume de transferência de dados em torno de 1,2 terabytes/dia, o equivalente a mais de 1 milhão de megabytes. Sobre a distribuição dos servidores no Datacenter, Brunn informou que 58% deles rodam no sistema operacional Linux que, somados aos servidores de rede que rodam com programas de código aberto, fazem da Celepar uma das principais usuárias de software livre do país. Os demais servidores de hospedagem e processamento operam em windows (32%), unix (5%) e outros sistemas (5%). Em relação aos modelos de computador, ou hardware, o coordenador de operações diz que a Celepar teve que se adaptar às constantes mudanças que ocorreram com esses equipamentos. “Antigamente os servidores eram grandes e demandavam uma área física maior. Com o passar do tempo eles foram ficando cada vez menores o que possibilitou uma melhor racionalização do espaço físico ocupado pelos datacenters”. Essa tendência se acentuou ainda mais a partir de 2006 quando a Celepar passou a adquirir servidores com alta capacidade de processamento em formato de lâminas, os chamados “blades”. No último lote de servidores adquiridos pela empresas existem 115 lâminas de “blades” instalados em apenas três racks. “No modelo antigo, o máximo que conseguiríamos hospedar nos mesmos três racks seriam 24 servidores”, comparou Brunn.