Castro terá Câmara Técnica para cuidar do Arroio São Cristóvão

Em janeiro, será iniciado um trabalho educativo sobre os critérios de ocupação do solo sem causar prejuízos ao meio ambiente
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15/12/2010 - 17:40
Editoria

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A Sanepar e o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Castro realizaram, nesta quarta-feira (15), reunião para a criação de um grupo de trabalho para tratar da despoluição do arroio São Cristóvão. Em janeiro, será iniciado um trabalho educativo junto à comunidade sobre os critérios de ocupação do solo sem causar prejuízos ao meio ambiente.
“Hoje nós montamos uma Câmara Técnica para resolver o problema emergencial, mas futuramente estaremos formalizando um grupo gestor que engloba todos os organismos envolvidos com o manancial”, explica Maria Inez Machado, diretora da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Castro. Também participaram da reunião representantes da Emater, Instituto Ambiental do Paraná, Força Verde e Vigilância Sanitária.
Durante o encontro, o gerente regional da Sanepar Ademir Quintino destacou a importância do arroio São Cristóvão para o abastecimento da cidade, lembrando que ele contribui com, no mínimo, 30% da água fornecida à população, o que representa 2 milhões de litros de água por dia.
Em virtude da contaminação por dejetos de animais verificada no manancial na última quinta-feira, a Sanepar suspendeu a captação da água do São Cristóvão para o abastecimento público. “Aumentamos a produção na captação do Rio Iapó, que somada à Santa Leopoldina, está sendo suficiente para manter a cidade abastecida”, detalha.
ALERTA - A coordenadora da Vigilância Sanitária, Natalie Cotrim Zahdi, lembra que a população deve evitar fontes alternativas, como bicas e nascentes e continuar a consumir a água das torneiras normalmente. “A água da Sanepar é a única garantida pela Vigilância Sanitária e que não causa risco à saúde das pessoas”, reforça.
A Sanepar está fazendo o monitoramento diário da água, mas a situação do arroio São Cristóvão ainda é considerada instável. Um grupo formado por representantes da câmara técnica percorreu os possíveis locais com focos de contaminação na tarde de quarta-feira.
“A agricultura e a agropecuária são atividades fundamentais para o município de Castro, mas devem ser desenvolvidas de forma correta, sem prejudicar o meio ambiente”, disse secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Castro, Márcio Lopes.

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