As famílias atendidas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) pagam, pela casa própria, até cerca de 7% do que gastariam com aluguel, dependendo da renda familiar. “O trabalho de resgate social desenvolvido pela Cohapar, com a construção das casas populares, livra os mais pobres do peso do aluguel. Este lucro social é a contabilidade que realmente importa ao Governo do Paraná”, explicou o presidente da Cohapar, Rafael Greca. De 2003 até hoje, cerca de 100 mil pessoas já foram beneficiadas pelos programas habitacionais do Governo do Estado desenvolvidos pela Cohapar.
Em Maringá, por exemplo, 3.500 casas populares localizadas numa mesma região do município têm prestações mensais entre R$ 30,00 e R$ 35,00, em 72 meses (seis anos) - o que significa que o preço final das casas para os mutuários é, em média, R$ 2,5 mil. Já o aluguel de casas, do mesmo padrão e na mesma localização, custa em torno de R$ 450,00, valor que, se contabilizado em seis anos, resultaria em R$ 32,4 mil. “O dinheiro do aluguel não tem volta, é um dinheiro gasto em um imóvel que não pertence à família”, completou Greca.
As famílias com renda de até um salário mínimo pagam prestações mensais de, no máximo, R$ 50,00 – o que representa apenas 12% do rendimento. Já as famílias que recebem de dois a cinco salários mínimos pagam valores de prestações (de R$ 70 a R$ 350) que variam de acordo com a renda, mas não ultrapassam 20% do rendimento mensal. Se uma família recebe dois salários mínimos (R$ 830,00), por exemplo, a prestação será R$ 166,00, no máximo.
O custo baixo das moradias direcionadas às famílias com salários de um a cinco salários mínimos é decorrente do subsídio do Governo do Estado, que entra com metade do dinheiro dessas casas e da Caixa Econômica Federal que subsidia a outra metade, resultando em R$ 17.307,19 por unidade. Isto é, os mutuários pagam até 70% a menos que o valor real da obra, que no mercado imobiliário convencional é de R$ 31.614,70. A prefeitura do município é responsável pela doação da área e a implantação da infra-estrutura, que inclui pavimentação e redes de água e luz.
OUTROS - Em Arapongas, foi entregue recentemente o conjunto residencial Santa Efigênia, próximo ao Parque Moveleiro da cidade. As casas da Cohapar são para famílias com renda mensal entre três e cinco salários, e têm 40, 44, 52 e 63 metros quadrados. As prestações desse conjunto giram em torno de R$ 180,00, enquanto o aluguel das casas na região custa em torno de R$ 450.
Nova Londrina, no Noroeste do Estado, recebeu recentemente 58 unidades habitacionais destinadas a famílias com renda de até um salário mínimo. Elas pagam prestações que variam entre R$ 45 e R$ 50, sendo que o aluguel de casas do mesmo padrão na região custa em torno de R$ 250,00.
Em Cornélio Procópio, a Cohapar entregou 188 casas para famílias de baixa renda, em agosto deste ano. As prestações variam entre R$ 37 e R$ 80, dependendo da renda familiar mensal. O valor do aluguel nas proximidades do conjunto da Cohapar é R$ 250, para casas de mesmo tamanho e padrão.
“Os números mostram que o governo do Paraná trabalha em prol dos mais necessitados. O valor das nossas prestações é bem abaixo do valor de aluguel de casas nas mesmas regiões, mas pagar a prestação da casa própria é um investimento para a vida toda”, finalizou o presidente Rafael Greca.
FAMÍLIAS – É unanimidade entre os mutuários da Cohapar que a vida muda totalmente com a mudança para a casa própria. É o caso de Teodósia Salete Lech, umas das contempladas em Dois Vizinhos. A casa de Teodósia atende às suas necessidades especiais, adaptada com rampas, portas mais largas e banheiro com barras. Teodósia gastava R$ 380,00 de aluguel todo mês e, hoje, paga R$ 148,00 de prestação pela casa própria. “Minha vida começou a mudar no dia em que fui sorteada. Essa casa é minha independência”, garantiu.