A presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Rosângela Curra, entregou nesta terça-feira (29) as chaves da casa própria aos moradores do Residencial Mallet I, em Mallet, no Sul do Estado. Foram construídas 35 unidades do programa Casa da Família, com investimento de cerca de R$ 375 mil. “Esse empreendimento só foi possível graças à determinação do governo do Estado, em investir pesado em programas sociais. Não só em habitação, mas também com programas como Luz Fraterna, Tarifa Social da Sanepar e Leite das Crianças”, declarou Rosângela. O prefeito Rogério da Silva Almeida disse ser “uma grande alegria” entregar as casa do conjunto. “Ele vem beneficiar 35 famílias que não tinham condições de pagar aluguel. As prestações são baixas contribuindo para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, afirmou. Mais 19 casas estão sendo construídas no conjunto e mais 46 que começarão a ser erguidas em breve. “Dentro de um ano teremos aqui mais de 100 moradias que beneficiarão perto de 400 pessoas”, completou. Mudança de Vida – O programa Casa da Família é viabilizado com recursos subsidiados do FGTS, com base na resolução 460 do Conselho Curador do Fundo e com contrapartida financeira da Cohapar para garantir a conclusão das unidades. O mutuário terá 72 meses para pagar a moradia, com taxa de juros de 6% ao ano. O valor médio das prestações no Casa da Família/FGTS, modalidade caução é de cerca de R$ 50. As moradias construídas pela Cohapar em Mallet são diversificadas, todas com 40 metros quadrados. Há pelo menos cinco opções de projeto arquitetônico à escolha do morador. “Hoje, não se aceita mais os grandes conjuntos habitacionais massificados, que não respeitam a individualidade de cada morador”, disse Rosângela. Além da diversificação, a Cohapar adota o conceito de moradia pronta para morar — as casas têm divisões internas, tanque de lavar roupas, chuveiro elétrico, forro e pia. Eliana Alves, 32 anos, presidente da associação de moradores do Mallet 1, tem três filhas com Daniel Antônio Machado, 39, com quem é casada há 12 anos. Ela está desempregada e ele recebe R$ 550 por mês, trabalhando como serviços gerais. Desde que casaram, eles pagavam aluguel, que estava em R$ 150 nos últimos meses. “Era um dinheiro jogado fora. Se não fosse por esse programa do governo jamais teria condições de ter minha casa. Quando recebi a notícia que seria mutuária do conjunto foi a maior alegria que tive na vida”, disse Eliana. Se livrar do peso do aluguel também foi comemorado por Aristides da Luz, 46 anos. Casado há 12 anos com Zeli Chaves de Matos, 33, ele trabalha como servente de pedreiro nas outras 19 casas do conjunto e ajudou a erguer as que foram entregues nesta terça-feira. “Fiz tudo com muito carinho porque sabia que uma das casas seria minha”, comentou. Aristides recebe cerca de R$ 440 e passou 15 anos pagando aluguel. “Jamais conseguiria ter minha casa com o que eu ganho. Mal dava para pagar o aluguel e a comida. Parece um sonho que não quero acordar”, declarou. Ele e a família de Eliana também estão incluídos no programa Luz Fraterna, em que o Estado paga a conta de luz, e na Tarifa Social da Sanepar. Terezinha Aparecida Veloso Martins, 30 anos, e o marido Amilton Pepes, 39, não conseguiam pagar o aluguel e tiveram de mudar para a casa da mãe de Amilton. Ele trabalha como tratorista com o irmão e sofre de epilepsia, o que lhe traz dificuldade para conseguir emprego. “Queria muito essa casa; sonhei muito com isso. Estamos muito felizes em morar no que é nosso. É a coisa mais importante em minha vida”, disse Terezinha. Sua nova casa foi visitada pela presidente da Cohapar.