Campanha do Provopar arrecada sobras de costuras

O objetivo do programa “Sobras de Costuras” é incentivar a produção manual de utensílios para a geração de renda em instituições beneficentes
Publicação
26/05/2005 - 06:00
Editoria
As sobras de costuras que antes eram jogadas fora agora são aproveitadas pelas pessoas atendidas em instituições carentes do Paraná. Retalhos de tecidos, fios, agulhas, pincéis, botões, tintas estão sendo arrecadados pelo Provopar e entregues às instituições para a confecção de panos de prato, tapetes, toalhas e outros trabalhos manuais. O objetivo do programa “Sobras de Costuras” é incentivar a produção manual de utensílios para a geração de renda em instituições beneficentes. “Nem todas as instituições e associações possuem recursos para a compra desse material, que é importante não só para a sua manutenção, mas também para as atividades terapêuticas de seus internos”, disse Lucia Arruda, presidente do Provopar. O programa foi lançado em abril e terá caráter permanente. As doações podem ser entregues na sede do Provopar (rua Dr. Muricy, 950), no barracão do Provopar (rua Sergipe, 1712), nas Secretarias Estaduais ou ainda em 23 estabelecimentos comerciais parceiros da promoção. No Abrigo Santa Clara, uma das instituições atendidas pelo Provopar, as sobras de costuras vão chegar numa boa hora. A instituição atende 28 idosos. A maioria tem nos trabalhos manuais a terapia ocupacional necessária para satisfação pessoal e até mesmo para devolver o movimento de pernas e braços doentes. É o caso de Marcela Rodacki, 75 anos, que com 10 anos de idade contraiu meningite. Renda - “Os movimentos dos braços e pernas ficaram comprometidos. Eu precisava fazer alguma atividade, algo que garantisse o meu sustento, já que com a doença não conseguia emprego”, disse Marcela, que decidiu fazer tricô. “Mas quando comecei mal conseguia pegar na agulha. Hoje, o médico diz que é para eu nunca parar de fazer tricô”, comemorou. Isouda Malheiros Prada, 75 anos, presa numa cadeira de rodas, faz sapatinhos de bebê. Com o dinheiro da venda de sua produção, compra remédios e às vezes ajuda o asilo onde vive. “Faço sapatinhos porque é o que me distrai. É o único serviço que dá para fazer sentada”, comentou. Lucia Arruda acredita que o programa “Sobras de Costuras” pode despertar o interesse dos Provopar municipais. “E, se isto vier a acontecer, estamos prontos para dar todo apoio possível para a implantação do programa nos demais municípios do Paraná”, concluiu.