O presidente da Central Única dos Trabalhadores no Paraná (CUT-PR), Rone Barbosa, afirmou, nesta quarta-feira (04), que o aumento no piso regional injetará recursos importantes na economia paranaense nesta época de crise. O Governo do Estado encaminhará a proposta de reajuste de 14,9% no piso regional à Assembleia Legislativa nos próximos dias. “O piso regional paranaense mostra a força da economia do nosso Estado”, disse Barbosa.
Ele explicou ainda que o aumento servirá de referência para as categorias profissionais. “É uma forma de dinamizar a economia principalmente neste momento. Os trabalhadores reinvestirão esse dinheiro na própria economia, comprando itens de consumo e ajudando no crescimento do Estado”, explicou.
O aumento proposto pelo Governo do Estado vai deixar o piso regional 35,2% maior que o salário mínimo nacional, estabelecido em R$ 465,00, enquanto o regional ficará entre R$ 605,52 e R$ 629,65. “Temos o maior piso regional no Brasil”, afirmou o sindicalista. Para ele, a melhoria da distribuição de renda é o caminho para que tenhamos mais justiça social. De acordo com Barbosa, nos últimos anos as empresas acumularam grandes lucros e têm condições de suportar o reajuste.
Ele destacou que, a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 95 mil itens, que entra em vigor em abril, unida ao aumento, é outra medida que ajudará a economia do Estado. “A desoneração de impostos é importante para incentivar o consumo. Dar mais renda para que as pessoas possam consumir e ter acesso a mais itens de consumo aquecerá a economia”, enfatizou.
PISO REGIONAL – O piso regional se aplica aos empregados que não têm piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo, nem aos servidores públicos municipais. Hoje, as seis categorias que recebem o piso-regional são:
Faixa I: Trabalhadores agropecuários e florestais e atividades de pesca
Faixa II: Trabalhadores empregados em serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados. Empregados domésticos.
Faixa III: Trabalhadores de reparação e manutenção.
Faixa IV: Trabalhadores de serviços administrativos.
Faixa V: Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais.
Faixa VI: Técnicos de nível médio.