Bolsa de Nova York vai homenagear os 10 anos da Copel nos pregões

Encerramento de 31 de julho, em Wall Street, vai ser feito pelo governador Roberto Requião
Publicação
23/07/2007 - 16:50
Editoria
O pregão de 31 de julho na Bolsa de Nova York vai ser dedicado à Copel, celebrando os dez anos de estréia das ações da companhia paranaense no principal centro de negócios do mercado financeiro mundial. O governador Roberto Requião vai encerrar a sessão de transações na sala de pregões, acionando o “Closing Bell”, o sino que marca o fim do pregão, no Dia da Copel (ou “Copel Day”). Ao longo do dia, Requião deverá se encontrar com cerca de 100 representantes e profissionais dos principais bancos e fundos de investimentos norte-americanos para comentar o desempenho da Copel e apresentar seus projetos e programas. Acompanharão o governador nas homenagens a serem prestadas pela Bolsa de Nova York o presidente da Copel, Rubens Ghilardi e o diretor de Finanças e Relações com Investidores da empresa, Paulo Roberto Trompczynski. Valorização – As ações da Copel começaram a ser negociadas no tradicionalíssimo e imponente edifício localizado em Wall Street, em 30 de julho de 1997. Nessa data, a estatal efetuou emissão primária de ações preferenciais no valor equivalente a 580 milhões de dólares, a maior emissão feita até então por uma empresa latino-americana naquela casa. A Copel tornava-se a sexta companhia brasileira – e a primeira do setor de energia elétrica do país – a ter ações negociadas na Bolsa de Nova York. Ao longo desses dez anos, as ações da Copel (ADRs de nível 3) tiveram negociações em todos os pregões, comprovando a sua grande liquidez e também o elevado interesse dos investidores internacionais pelos papéis da Companhia, principalmente a partir da determinação de Requião para que fossem renegociados e solucionados os contratos lesivos de compra de energia assinados no governo anterior. Como reflexo disso, as ADRs da Copel tiveram considerável valorização e as transações envolvendo esses papéis quase triplicaram de valor, saltando da média diária de pouco mais de 2 milhões de dólares negociados a cada pregão em 2003 para quase 6 milhões de dólares em média a cada dia no primeiro semestre deste ano. Trajetória – No dia em que foram lançadas na Bolsa de Nova York, as ações da Copel foram negociadas ao valor inicial de 18 dólares. Ao longo do tempo, essa cotação oscilou, refletindo os impactos e incertezas que afetaram a economia de todos os países emergentes – como a crise asiática em 1997, da Rússia em 1998 e da Argentina em 2001. No caso específico da Copel, no entanto, houve o impacto adicional decorrente da malograda tentativa de privatização praticada em 2001, cujos efeitos levaram a empresa ao prejuízo recorde de R$ 320 milhões em 2002, e a cotação de suas ações ao patamar mais baixo de toda a história – o equivalente a US$ 1,84, em outubro daquele ano. Ao determinar a revisão de compromissos insustentáveis e parcerias danosas herdados em janeiro de 2003, quando assumiu o Governo do Paraná, Requião comandou também o processo de reunificação e reconstrução da Copel, que vem gerando excelentes resultados, inclusive do ponto de vista do investidor. “Ninguém precisa ensinar aos investidores internacionais como e onde aplicar o seu dinheiro”, diz o governador. “Eles têm conhecimento do potencial da Copel e notaram que o trabalho de recuperação iniciado há quatro anos é sério, consistente e é para valer. Por isso, voltaram a investir na empresa e, em conseqüência, as ações estão novamente valorizadas. O mercado financeiro mundial está prestando, dessa forma, eloqüente reconhecimento ao acerto das nossas propostas e das medidas tomadas para conservar a Copel, como patrimônio dos paranaenses e agente indutor do desenvolvimento econômico do Estado.” As ações da Copel encerraram a segunda semana do mês, em Nova York, cotadas a US$ 19,06 (valor de fechamento no dia 13). História – A Bolsa de Nova York (ou NYSE, iniciais de New York Stock Exchange) é uma instituição secular. Sua história, ninguém parece saber ao certo quando teria começado: a página oficial da NYSE na internet menciona a existência de “traços da sua origem” em 1792, quando 24 corretores e mercadores da cidade de Nova York firmaram um documento, o Acordo de Buttonwood, fixando regras e princípios para a atividade que exerciam. Já a parte conhecida é contada a partir de 1817, quando a Bolsa se instalou numa sala alugada em um prédio na mesma Wall Street onde – em 1903 – foi inaugurada sua sede atual. A Bolsa de Nova York encerrou o ano de 2006 registrando 2.713 empresas listadas – 451 delas com sede em outros países que não os Estados Unidos. No conjunto, o valor de mercado de todas elas atingia a fantástica cifra de 25 trilhões de dólares, o equivalente a 25 vezes o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro estimado para 2006 pelo Banco Central. O PIB representa a soma de todas as riquezas produzidas em um ano pela nação. Num único dia, a NYSE negocia em média 1,7 bilhão de ações de diferentes empresas, movimentando um volume financeiro superior a 63 bilhões de dólares.