Bolsa Família atinge objetivos de atender os mais pobres no Paraná

A análise é do governo do Estado e é baseada nas informações que constam no perfil dos beneficiados do programa, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Publicação
29/08/2007 - 14:30
Editoria
O programa federal Bolsa Família atinge o objetivo de atender as famílias pobres e extremamente pobres do Paraná. A constatação é da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, órgão estadual responsável por prestar assessoria técnica e operacional aos municípios que desenvolvem o programa, e foi baseada nos dados da Pesquisa do Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa Família, divulgada neste mês pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Para o secretário Nelson Garcia, esses números são resultado do constante trabalho do governo do Estado em parceria com o Ministério para atualizar constantemente os cadastros das famílias beneficiadas. “O trabalho da Secretaria em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no sentido de fiscalizar o programa, prestar assessoria aos municípios e buscar sempre aprimorar a focalização do programa, permite que o programa atenda as famílias que realmente precisam”, afirma. A constatação do acerto da atuação do programa foi comentada coordenador do programa na Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nircélio Zabot. A afirmação de Nircélio é feita com base nas informações do número de famílias beneficiárias que têm casa própria, como ele mesmo argumenta. “No Brasil, 63,5% das famílias que recebem o benefício têm casa própria. Na Região Sul, esse percentual cai para 56,6% e, no Paraná, apenas 49,7% dessas famílias têm domicílio próprio, o que nos faz acreditar que essas famílias realmente têm poucas condições econômicas e que, portanto, estão dentro do perfil do programa”, explica o coordenador, que ainda atenta para o fato da pesquisa apontar também a diferença socioeconômica da região Sul em relação aos outros Estados do país. Os indicadores divulgados pelo MDS apontam, entre outros índices, o percentual de famílias atendidas pelo programa que têm moradia própria, iluminação pública, além de água tratada e rede pública de esgoto. Os dados da pesquisa também comparam a evolução dos índices sócio-econômicos das famílias entre os anos de 2005 e 2007. A comparação foi feita com as informações do Cadastro Único para Programas Sociais – CadÚnico, e das famílias pobres do Brasil, identificadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE. A mesma constatação de acerto do público-alvo do programa é feita no quesito dos beneficiários que utilizam rede pública de esgoto. No Paraná, 30,9% das famílias que recebem o Bolsa Família têm acesso ao serviço. No Brasil, esse percentual chega a 36,4% e, na região Sul, a 37%. O secretário Nelson Garcia faz questão de destacar o programa como uma ação de governo que garante dignidade às famílias mais pobres e promove a inclusão social. “O programa funciona com a transferência condicionada de renda, ou seja, a família só continua recebendo o benefício se cumprir alguns critérios como manter os filhos no ensino regular e manter atualizado o acompanhamento de saúde de toda a família”. Dessa forma, acrescenta o secretário, o programa ajuda a diminuir a pobreza das famílias e cria condições para que as crianças de hoje possam construir famílias em melhor situação no futuro. “Para mim, essa constatação torna clara a linha de trabalho do Governo Lula, linha que também é adotada pelo governador do nosso Estado, Roberto Requião, em defesa dos cidadãos menos favorecidos”, defende Nelson Garcia. OUTROS INDICADORES – As informações da pesquisa sobre o Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa Família também mostram que 75,1% dos beneficiários paranaenses do programa são moradores da área urbana, 76,6% têm coleta de lixo, 82,9% usufruem de iluminação pública, e que a maior concentração de pessoas beneficiadas está na faixa compreendida entre 7 e 15 anos de idade. São 603.393 pessoas beneficiadas, o que representa 30% dos 1,9 milhão de paranaenses beneficiários.