Biotério de Araucária e Biofábrica trabalham a todo vapor

Tecpar realiza desde a década de 70, no Biotério de Araucária, projetos de criação de camundongos usados na produção da vacina antirrábica de uso veterinário
Publicação
09/11/2009 - 11:30
O Instituto de Tecnologia do Paraná, vinculado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, realiza desde a década de 70, no Biotério de Araucária, projetos de criação de camundongos usados na produção da vacina antirrábica de uso veterinário. Atualmente, para o desenvolvimento de toda a linhagem, o Tecpar está adaptando um prédio, que contará com modernos equipamentos e uma completa estrutura climatizada que propiciará a criação dos animais. Os camundongos, geneticamente melhorados, devem apresentar boas condições para que sejam utilizados em testes de controle de qualidade e clínicos para registro de novos medicamentos. Ainda quanto ao Biotério de Araucária, estuda-se a possibilidade de transferir para lá a Divisão de Controle de Qualidade Biológica, atualmente instalada no Tecpar no Juvevê. Desse modo todos os exames serão feitos no mesmo local onde são criados os camundongos. Com essa mudança de local espera-se acabar com a locomoção dos animais e com isso diminuir o estresse deles que, em muitos casos, chegam até os laboratórios agitados, o que pode prejudicar o resultado dos testes. Já no que diz respeito à Biofábrica de Jacarezinho, os trabalhos são voltados para o desenvolvimento da agricultura familiar, que encontra nas políticas sociais do governo o respaldo necessário para o seu desenvolvimento. Com o apoio da Seti e a parceria firmada com a Universidade Estadual do Norte Pioneiro, especialistas, mestres e doutores desenvolvem, no local, a produção e criação da Cotesia velutipes, vespa usada no combate da broca da cana-de-açúcar (larva de borboleta). Considerado o principal produto da região, a cana encontra na broca o seu agente devastador, que pode atingir lavouras inteiras. Para o desenvolvimento desse controle biológico, que reduz em 70% a perda da cultura da cana-de-açúcar, os técnicos contam com o apoio da doutora Laila Misfeld, especialista no assunto. De acordo com o diretor de produção do Tecpar, Renato Rau, com o desenvolvimento desse projeto não somente os usineiros, mas principalmente os agricultores familiares são beneficiados, uma vez que eles têm ao seu alcance opções tecnológicas que contribuem para o desenvolvimento da produção. “Estamos levando a tecnologia ao meio rural e com isso contribuindo também para o desenvolvimento de novas culturas como o tomate, o café e o feijão. Com essa atividade, ganha o agricultor e também o meio ambiente, uma vez que ocorre uma redução significativa da utilização de pesticidas”. O projeto começou a ser desenvolvido há um ano e agora deve atingir também outras regiões do estado.

GALERIA DE IMAGENS