Baixa umidade do ar faz Defesa Civil alertar sobre cuidados com a saúde

Defesa Civil recomenda que as pessoas evitem os exercícios físicos e as aglomerações em ambientes fechados
Publicação
24/08/2006 - 11:00
Editoria
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil decretou estado de alerta em todo o Paraná devido à baixa umidade relativa do ar - ou pouca quantidade de vapor de água na atmosfera - registrada nos últimos dias. A região mais afetada é o Centro-Norte. Porém, índices baixos também estão sendo registrados nos demais pontos do Estado. Na tarde de quarta-feira (23), o Simepar chegou a registrar índices próximos de 15% de umidade em alguns municípios da região Norte. Em Curitiba, às 15h, a marca foi de apenas 19%. Isso ocorre devido à massa de ar seco que se mantém sobre o Estado somada à elevação de temperatura. Quando isso ocorre, as pessoas passam a sentir garganta e narinas secas, irritação nos olhos, pele e lábios ressecados, podendo ocorrer sangramento pelo nariz. Esses sintomas se agravam quando se pratica exercícios físicos ou esforços, principalmente das 10 às 16 horas. Outra conseqüência é o aumento dos casos de pneumonia, asma, rinite, sinusite e problemas respiratórios, principalmente em crianças. O tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da Seção Operacional da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, disse que a gravidade do quadro atual pode ser percebida ao se tomar por base a média normal da umidade relativa do ar – cerca de 50 a 75%. Quando este índice cai para menos de 30% as pessoas passam a viver num “estado de atenção”. “Mas se esse índice fica entre 12 e 20%, chamamos de estado de alerta. O Paraná se inclui nesta fase nos próximos dois dias”, afirmou. Segundo ele, a Defesa Civil recomenda que as pessoas evitem os exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas e as aglomerações em ambientes fechados, permanecendo preferencialmente em locais protegidos do sol. “Além do mais, deve-se umidecer o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas ou recipientes com água; beber bastante água; usar soro fisiológico nos olhos e narinas e sempre que possível deixar de fazer trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas. Em caso de dúvida, por favor, as pessoas devem consultar um médico”. Além de trazer transtornos às pessoas, a baixa umidade do ar em conjunto com as geadas, que estão acontecendo nesta semana, e à estiagem que se mantém no Paraná, o risco de incêndio florestal é extremo. Em função disso, a Defesa Civil alerta para que seja evitado todo tipo de queimada.