Bacia do Belém diminui carga orgânica

Sanepar investe R$ 4,5 milhões em coletores de esgoto nas avenidas Getúlio Vargas e João Negrão
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14/08/2009 - 16:30
Editoria
Despoluir as bacias hidrográficas da Grande Curitiba é a meta da Sanepar ao executar obras de saneamento. O objetivo é reduzir a carga orgânica lançada nos rios, assegurando uma maior qualidade de vida e saúde aos curitibanos. São pequenas obras que fazem uma grande diferença. Um bom exemplo é a Bacia Hidrográfica do Rio Belém, que, somente com a implantação de um coletor tronco, nas proximidades do Córrego Curtume, beneficiou mais de 13 mil habitantes. O Curtume corta os bairros Água Verde e Vila Guairá. Com extensão de 2.800 metros e investimentos na ordem de R$ 1,3 milhão, o coletor interligou 17 pontos da rede existente, que atendiam aproximadamente 4 mil ligações. Por meio dessa implantação, foi possível regularizar toda a rede da região. Moradores da Rua Augusto de Mari, na Vila Guaíra, conviveram durante anos com o mau cheiro do Córrego Curtume. A aposentada Teresa Lara da Paz, 65 anos de idade e há 40 anos morando nessa rua, conhece bem os problemas do bairro. “Isso aqui era um Deus nos acuda. Com a rede de esgoto melhorou muito”, disse. Ela deve concluir a ligação da rede coletora da Sanepar à sua residência neste final de semana. Outro que conhece bem a região é Sebastião Soares da Cunha Filho, com 72 anos e há 33 morador da Vila Guaíra. “Agora não tenho do que me queixar. Está tudo resolvido”, afirma. Água Verde e Vila Guaíra são apenas exemplos das frentes de obras que a Sanepar está desenvolvendo na Bacia do Belém. Somente no Bacacheri, Centro, Parolim e Ferrovila são cerca de 130 quilômetros de assentamento de rede coletora de esgoto para atender 30 mil habitantes, o que corresponde a mais de 8.700 ligações. No Centro de Curitiba, nos primeiros meses deste ano, a companhia realizou a substituição de 24 quilômetros de tubulação antiga. A Bacia do Belém recebeu projetos especiais da Sanepar. A empresa está elaborando estudos populacionais e de definição das vazões de esgoto, bem como projetos de reforço e ampliação do sistema sanitário já existente. Recentemente foi realizado um estudo de capacidade hidráulica dos principais coletores e interceptores existentes na bacia. Nesse estudo, foram apontadas as principais deficiências do sistema de coleta e transporte existentes – com relação ao crescimento populacional –, como, por exemplo, a sobrecarga hidráulica em trechos de tubulações com diâmetros insuficientes para o afastamento das vazões. Os problemas são muitos, como as interferências no solo. “Como a Bacia do Belém abrange toda a região de Curitiba, com instalações de infraestrutura antigas, como galerias de águas pluviais, e também novas como as redes de gás e de fibra ótica, a principal dificuldade para elaborarmos os projetos e execução das obras é a obtenção dos cadastros das interferências subterrâneas e a confirmação dos dados”, explica o presidente da Sanepar Stênio Jacob. Entre os resultados dos esforços da Sanepar para a melhoria do sistema da Bacia do Belém estão os coletores instalados nas avenidas Presidente Getúlio Vargas e João Negrão. Esses coletores fazem parte de estudos com projeções futuras para 20 anos. Os recursos para execução das obras estão garantidos no PAC e deverão iniciar ainda este ano. Serão investidos mais de R$ 4,5 milhões, sendo R$ 3,7 milhões nas obras do Coletor na João Negrão e de R$ 860 mil na Getúlio Vargas. “Dessa mesma forma, os demais coletores e interceptores do sistema de esgoto serão objeto de obras de reforço e ampliação, nas próximas etapas”, conclui Stênio.

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