O financiamento na compra de equipamentos para micro e pequenas empresas do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul ficou mais barato. O BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – reduziu de 11% para 4,5% a taxa de juros para esta modalidade de financiamento. A outra boa notícia é que o prazo para pagar o financiamento dobrou. Agora, o empresário de micro e pequena empresa tem 120 meses para pagar, com até 2 anos de carência. “Os juros caem, a produção aumenta e os resultados são imediatos”, afirma Airton Pissetti, diretor administrativo do BRDE. Segundo ele, o financiamento é voltado para a compra de máquinas para a indústria que queira ampliar a sua capacidade produtiva, e para a aquisição de máquinas agrícolas. “É preciso ressaltar que o BRDE tem como principal objetivo fomentar a produção, que por sua vez depende da ampliação das empresas. Portanto, não se trata de uma operação bancária simplesmente. É muito mais complexo. A liberação desta modalidade de financiamento é parte de um projeto de expansão das empresas”, disse. Ele lembrou que a redução da taxa de juros foi definida pelo BNDES, responsável pelo repasse de recursos para os bancos regionais de desenvolvimento. Mas a medida não atende aos setores de comércio e serviço, que continuam pagando 7% de juros/ano. O BRDE é o primeiro banco regional a aderir ao programa de redução de juros do BNDES. E Pisseti garante que “não faltará recursos para atender a demanda”. “Não é possível prever ainda qual o montante a ser investido, mas posso garantir que não haverá falta de recursos. Vamos atender toda demanda”, acrescentou o diretor administrativo do BRDE, que este ano (de janeiro a maio) recebeu 5,7 mil solicitações de financiamento, aprovou 5,2 mil pedidos e contratou 4,1 mil. Foram mais de R$ 2 milhões em financiamento, que geraram cerca de 30 mil novos postos de trabalho nos quatro estados da área de atuação do banco. O banco opera com financiamentos a partir de R$ 50 mil. No entanto, para ter acesso a linha de crédito o empresário interessado precisa ter seu cadastro atualizado, situação fiscal e previdenciária em dia, e apresentar projeto viável e enquadrado nas políticas operacionais e de risco de crédito do BRDE. São consideradas microempresas e empresas de pequeno porte (Lei 9.841/99), as empresas que faturam até R$ 1,2 milhão/ano.