BRDE libera R$ 7 milhões a fábrica de soro de leite em pó

Com essa linha de crédito, empresa de Marechal Cândido Rondon será a fornecedora de matéria-prima especializada para grandes indústrias do setor de alimentos do País, em substituição à importação desse tipo de produto
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18/06/2010 - 16:40
Editoria
O governador Orlando Pessuti e o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Airton Pisseti, assinaram nesta sexta-feira (18) financiamento no valor de R$ 7 milhões para a empresa Sooro, de Marechal Cândido Rondon, região Oeste do Estado, especializada na fabricação de soro de leite em pó. Com essa operação, o BRDE assume a marca de R$ 1,15 bilhão em cerca de 8.836 operações somente nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
Segundo Pisseti, o banco elegeu a empresa familiar como um dos públicos para direcionar os investimentos. Com essa operação, a empresa, de origem familiar, poderá se transformar na maior fabricante de soro de leite em pó do Paraná, produto muito utilizado pelas grandes indústrias de alimentos do País que frequentemente importam esse tipo de matéria-prima.
O governador Orlando Pessuti disse que são financiamentos como esse que tornam o BRDE, banco dos governos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, num grande agenciador de desenvolvimento dos três Estados. Pessuti destacou que o BRDE está ao lado do Banco do Brasil num dos principais financiadores do agronegócio paranaense e das cooperativas. “Essas empresas cresceram, em parte, por conta da política de estímulo ao agronegócio dos governos dos três Estados”, afirmou.
Os sócios da empresa, William da Silva e Leandro Tenfem, disseram que com essa linha de crédito vão ampliar a capacidade de produção. Com isso, acreditam que em cinco anos vão dobrar a produção de soro de leite em pó das atuais 36 toneladas por dia em equivalente pó para 70 toneladas por dia em equivalente pó.
A empresa Sooro foi criada por dois ex-funcionários da Cooperativa Central Frimesa. Eles inovaram na separação do soro, subproduto do leite, e passaram a produzir de forma independente até que fundaram a própria empresa. Atualmente são fornecedores para grandes indústrias de alimentos que fabricam achocolatados e sorvetes, principalmente.
Com a linha de crédito no valor de R$ 7 milhões, os investimentos da Sooro somam R$ 10,8 milhões, também em recursos do BRDE. O empresário pretende investir na construção de sistemas de produção e torre de secagem mais modernos. Segundo Silva, a fabricação desse tipo de produto é muito comum na Europa e Estados Unidos e o Brasil costuma utilizar matéria-prima importada.
A fábrica, que gera em torno de 120 empregos diretos e cerca de três vezes esse número em empregos indiretos, pretende ampliar o número de empregos diretos para 150 a 170 postos de trabalho.
Além do beneficio econômico e de geração de empregos em Marechal Cândido Rondon, a empresa irá ter um impacto positivo no meio ambiente. Isso porque ela vai processar o soro do leite, um subproduto do queijo geralmente descartado que será transformado em alimento.
Quando o soro não é industrializado ou convenientemente tratado, representa um grande risco ao meio ambiente uma vez que seu potencial poluidor é cerca de 100 vezes maior que o esgoto doméstico. O soro utilizado pela empresa é proveniente de vários laticínios da região Oeste.

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