Depois de bater seu recorde na concessão de financiamentos nos três estados do Sul, em 2009, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) quer algumas medidas do governo federal para reduzir os custos de seus financiamentos, além de uma verba adicional de R$ 1 bilhão para aplicar em 2010. O BRDE aplicou, nos três estados do Sul, em 2009, um volume de recursos superior a R$ 2,2 bilhões, segundo seu presidente, Airton Pissetti. “Para o primeiro semestre já conseguimos recursos adicionais com o BNDES de R$ 1,3 bilhão nos três estados do Sul. Mas a demanda está muito maior do que prevíamos. Somente a carteira da agência de Curitiba já possui pedidos de financiamento acima de R$ 600 milhões”, revelou ele. Ainda de acordo com Pissetti, o BRDE realizou, em 2009, 4.696 operações somente com o setor agrícola paranaense, liberando R$ 598 milhões em recursos. Para o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslowski, a solicitação de mais recursos para o BRDE foi feita através de uma carta, encampada por outras entidades como a Faciap, ACP, Fetranspar e a Fiep, “porque a maior parte dos financiamentos do banco é destinada para produtores rurais”. “Nós estamos lançando uma campanha com o desafio do Sul colher 75 milhões de toneladas de grãos para a safra 2010/2011, o que representa 50% dos grãos produzidos no Brasil. Os recursos adicionais de R$ 1 bilhão certamente vão contribuir para o sucesso desta meta porque servirão para trazer mais tecnologia e modernização aos produtores rurais da região, aumentando sua produtividade”, revelou o presidente da Ocepar. As reivindicações foram feitas ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, durante uma reunião realizada na semana passada na sede da Ocepar, em Curitiba. “O pedido está dentro da linha de governo de aumentar o crédito ao setor produtivo e de reduzir seus custos. Na próxima quarta-feira (dia 10) haverá uma reunião do Planejamento com a área econômica do governo, com participação do BNDES e Ministério da Fazenda. Os dois pedidos são viáveis e vou apressar o encaminhamento e a solução para as reivindicações”, afirmou o ministro.