BRDE duplicou seus financiamentos no Paraná em 2009 e garantiu empregos

Agência de Curitiba saiu de financiamentos num volume de R$ 617,2 milhões, em 2008, para R$ 1,52 bilhão em 2009, batendo seu recorde histórico
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22/01/2010 - 11:50
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Num ano de crise econômica, em que teve de exercitar sua atuação como banco público e de fomento, a agência de Curitiba do BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - quase duplicou seus financiamentos e cumpriu seu papel de proteger os empregos e a atividade econômica, principalmente no setor industrial. “O Banco sofreu forte pressão no ano passado, quando as instituições financeiras privadas saíram do mercado de financiamentos e trabalhamos próximo dos limites operacionais devido a grande procura por recursos. Mas conseguimos atender plenamente as empresas para que superassem a crise, o que foi importante para a manutenção do nível de emprego. Porém, mais do que isso, geramos oportunidades de trabalho com novos empreendimentos”, disse o diretor presidente da instituição, Airton Carlos Pissetti. No total, a agência de Curitiba saiu de financiamentos num volume de R$ 617,2 milhões, em 2008, para R$ 1,52 bilhão em 2009, batendo seu recorde histórico. Isso significou a geração de 9.473 novos empregos diretos no ano passado contra 6.795 em 2008, também um novo recorde. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o Paraná criou perto de 70 mil novos empregos com carteira assinada em 2009, dos quais 12 mil no setor industrial. “Isso significa que o trabalho do BRDE sozinho foi responsável pelo equivalente a mais de um terço dos empregos criados na área da indústria paranaense ou quase 15% do total de empregos criados no Estado”, afirmou Pissetti. Ele destacou o crescimento de 50% nos financiamentos concedidos às pequenas e médias empresas em relação ao ano de 2008, e o volume de R$ 182 milhões destinando exclusivamente a produtores rurais paranaenses. Para o diretor da área de Planejamento do BRDE, José Moraes Neto, em 2010, num ano de retomada de investimentos, o banco espera que a agência de Curitiba repita a concessão do mesmo volume de créditos de 2009, com os financiamentos superando a R$ 1 bilhão. “Nós ainda temos para operar, mas somente até o fim do primeiro semestre, os recursos da linha do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, cujos juros totais foram reduzidos de 11% para 4,5% fixos ao ano, o que é o recurso de financiamento mais barato que existe no mercado”, diz José Moraes Neto. “Acreditamos que os empresários paranaenses não perderão a oportunidade de trabalhar com esta linha para criar novos projetos ou para a expansão de suas atividades porque o governo federal avisou que o PSI acaba no início do segundo semestre”. Este tipo de financiamento é destinado exclusivamente para a aquisição de máquinas e equipamentos de fabricação nacional. De acordo com o presidente, Airton Carlos Pissetti, o setor agropecuário foi fundamental para o desempenho do BRDE em 2009. Segundo ele, as cooperativas paranaenses são responsáveis por mais de 1 milhão e 250 mil postos de trabalho no estado, além de terem entre seus filiados um contingente de mais de 530 mil cooperados, a maioria pequenos produtores rurais que trabalham em propriedades com menos de 50 hectares. “Por isso é importante lembrar que cerca de 70% dos financiamentos do BRDE, ou R$ 739 milhões, foram destinados exclusivamente para o setor agropecuário paranaense, entre cooperativas e produtores rurais e estes recursos chegaram ao pequeno produtor rural para possibilitar a incorporação de tecnologia e aumento de sua renda”, disse. Pela sua capacidade de multiplicação de riquezas e pela importância na economia paranaense, o apoio direto do BRDE aos produtores agrícolas e às cooperativas foi fundamental para que eles passassem pela crise sem ter que recorrer a demissões ou cancelamento de projetos. “Os financiamentos do BRDE significaram um pouco mais da metade de tudo o que o setor investiu em 2009, num total de R$ 1 bilhão. Além disso, estes recursos ajudaram na manutenção e ampliação do emprego justamente no interior do estado, contribuindo para desconcentrar a atividade econômica e auxiliando efetivamente no crescimento da renda do pequeno produtor rural”, afirmou o Diretor de Planejamento José Moraes Neto.

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