O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) - que atende o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul - ainda nem se instalou em Mato Grosso do Sul, mas já começa a analisar pedidos de financiamento que vêm de lá. “Temos dois projetos em estudo: um, para o plantio de cana; outro, para aquisição de bovinos”, revela a gerente de planejamento da agência de Curitiba, Rosicler Voos, uma das responsáveis pela coordenação das futuras operações naquele Estado. A meta inicial é aplicar R$ 100 milhões a partir de 2008. A decisão política de ampliar as operações do BRDE foi tomada pelos governadores dos estados que fazem parte do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), depois de apelo do governador sul-mato-grossense André Puccinelli. Acatada pelos governadores do Paraná, Roberto Requião, de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e do Rio Grande Sul, Yeda Crusius, a proposta tem sido aprimorada desde agosto, quando os conselheiros se reuniram em Bonito (MS) e decidiram pela expansão das ações do banco. Cabe à agência do BRDE em Curitiba receber e analisar os pedidos de financiamento encaminhados pelo estado vizinho. “Nós estamos mais focados em investimentos no setor agroindustrial, até pela grande experiência do banco na área”, afirma Rosicler. Uma parceria que inclui a Federação das Indústrias e o Governo de Mato Grosso do Sul vai possibilitar a instalação de um posto de atendimento do banco em Campo Grande, capital daquele estado, no ano que vem. COOPERATIVAS - Enquanto isso, os técnicos do BRDE visitam Mato Grosso do Sul para identificar possíveis projetos e demandas por investimentos. Nesta sexta-feira (9), o superintendente da agência de Curitiba, Carlos Olson, faz uma palestra durante o Encontro Estadual de Líderes Cooperativistas, em Campo Grande. No final do mês, representantes sul-mato-grossenses do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) vêm a Curitiba para discutir detalhes de um futuro convênio com o banco.